Autor: Lusa/AO online
Pilar del Río foi distinguida pela delegada do governo das ilhas espanholas das Canárias, Dominica Fernández, pelo seu compromisso e envolvimento na luta pela igualdade e pelos direitos das mulheres.
Como habitualmente, Pilar del Río partilhou o reconhecimento com o escritor português José Saramago, seu companheiro de mais de duas décadas, que morreu em 2010.
“O compromisso de José, a denúncia tão certeira e tão sistemática que ele fazia a partir do seu papel de intelectual e de escritor, e para mais de Prémio Nobel, é a que considero digna de ser destacada e elogiada", afirmou.
A directora da Fundação José Saramago recordou ainda que o Nobel da Literatura 1998 chegou a assistir de perto à violência de género, pois o seu pai exercia violência psicológica contra a sua mãe, o que formou a personalidade contra o machismo desde pequeno.
“Dizia sempre que se os homens não são cúmplices [de violência], então que saiam à rua e que o digam, porque o certo é que as mulheres são dela vítimas", recordou.
Pilar del Río sublinhou ainda que prefere o termo “violência machista” ou mesmo “terrorista” ao mais neutro “violência de género”.
E considerou que a sociedade espanhola "está doente" e tem de refletir sobre a dimensão deste tipo de violência, questionando: “O que aconteceria se a ETA tivesse assassinado neste ano 57 pessoas, que é o número de mulheres que foram mortas em atos de violência machista em 2011?”
Como habitualmente, Pilar del Río partilhou o reconhecimento com o escritor português José Saramago, seu companheiro de mais de duas décadas, que morreu em 2010.
“O compromisso de José, a denúncia tão certeira e tão sistemática que ele fazia a partir do seu papel de intelectual e de escritor, e para mais de Prémio Nobel, é a que considero digna de ser destacada e elogiada", afirmou.
A directora da Fundação José Saramago recordou ainda que o Nobel da Literatura 1998 chegou a assistir de perto à violência de género, pois o seu pai exercia violência psicológica contra a sua mãe, o que formou a personalidade contra o machismo desde pequeno.
“Dizia sempre que se os homens não são cúmplices [de violência], então que saiam à rua e que o digam, porque o certo é que as mulheres são dela vítimas", recordou.
Pilar del Río sublinhou ainda que prefere o termo “violência machista” ou mesmo “terrorista” ao mais neutro “violência de género”.
E considerou que a sociedade espanhola "está doente" e tem de refletir sobre a dimensão deste tipo de violência, questionando: “O que aconteceria se a ETA tivesse assassinado neste ano 57 pessoas, que é o número de mulheres que foram mortas em atos de violência machista em 2011?”