Açoriano Oriental
Comissão de Inquérito Banif
Reavaliação da Açoreana responsável por parte das imparidades exigidas pelo BdP
O presidente da PricewaterhouseCoopers (PwC) Portugal, José Manuel Bernardo, justificou hoje que parte das imparidades adicionais exigidas pelo Banco de Portugal (BdP) ao Banif em novembro de 2015 estão relacionadas com a reavaliação em baixa da seguradora Açoreana.
Reavaliação da Açoreana responsável por parte das imparidades exigidas pelo BdP

Autor: Lusa/AO Online

Segundo o responsável da auditora das contas do Banif, a Açoreana servia de colateral a alguns créditos do banco à Rentipar, a ‘holding’ do grupo financeiro, e a sua desvalorização implicava a necessidade de assumir imparidades adicionais, até porque os créditos em causa estavam em situação de incumprimento parcial.

José Manuel Bernardo falava durante a sua audição na comissão parlamentar de inquérito ao Banif, tendo revelado que, no total, as exigências do supervisor ascendiam a 435 milhões de euros.

O líder da PwC Portugal referiu que não conhece os critérios usados pelo BdP para o cálculo destas imparidades, até porque não houve tempo para a auditora discutir o assunto com o supervisor bancário devido à resolução do Banif, em 20 de dezembro do ano passado.

Paralelamente, José Manuel Bernardo informou que a PwC não participou no processo de recapitalização do banco com dinheiros públicos no início de 2013.

Questionado sobre as contas de 2014 do Banif, que ainda não estão fechadas, o responsável explicou que falta informação para que tal seja possível, explicando que está à espera que essa informação lhe seja enviada pela administração do banco que agora se encontra na esfera pública.

Sobre o trabalho desenvolvido pela PwC no Banif, José Manuel Bernardo apontou para a correção das deficiências ao nível do controlo interno, ao nível do sistema de informação, em termos da qualidade dos dados e gestão do risco, bem como no que toca à prevenção de branqueamento de capitais.

 

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