Açoriano Oriental
Rastreio do cancro colorretal alargado a todas as ilhas dos Açores em 2015
O secretário regional da Saúde do Governo dos Açores anunciou hoje o alargamento, este ano, do rastreio do cancro colorretal a todas as ilhas do arquipélago, depois de uma experiência piloto em 2014.
Rastreio do cancro colorretal alargado a todas as ilhas dos Açores em 2015

Autor: Lusa/AO Online

"O projeto arrancou em 2014. Tivemos uma experiência piloto na área de influência do hospital da Horta extremamente positiva e fui informado recentemente pelo Centro de Oncologia dos Açores de que é um projeto que vai arrancar em todas as ilhas do arquipélago no ano de 2015", salientou.

Luís Cabral falava numa cerimónia, a pretexto do Dia Mundial do Cancro, em que foram de novo apresentados dados já anteriormente divulgados do Registo Oncológico Regional dos Açores relativos às taxas de incidência do cancro e sobrevivência à doença na região.

Tal como em 2013, quando foram apresentados os últimos números da incidência do cancro nos Açores, Luís Cabral deixou um apelo à prevenção dos cancros provocados pelo consumo de tabaco.

Por seu turno, Raul Rego, presidente do COA, disse que o centro tem já uma anteproposta de uma campanha de sensibilização antitabágica, que não apresentou por ter de ser ainda aprovada pelo Governo Regional dos Açores.

Ainda assim, Raul Rego sublinhou a necessidade de sensibilização dos jovens no 3.º ciclo de escolaridade, alegando que são o grupo etário mais vulnerável à prevenção do consumo do tabaco.

De acordo com dados relativos ao período entre 2007 e 2011, o cancro com maior incidência nos Açores é o da próstata, seguido do cancro do pulmão, do cancro da mama, do cancro colorretal e do cancro do estômago.

Por outro lado, um estudo do COA relevado em dezembro passado, que analisou dados entre 2000 e 2009, concluiu que houve um aumento da taxa de sobrevivência em casos de cancro nos Açores.

"A maioria dos cancros teve uma evolução favorável na sobrevivência entre o período 2000-2004 e o período mais recente (2005-2009)", segundo um comunicado do COA divulgado nesse dia.

Os tipos de cancro com melhor sobrevida cinco anos após o diagnóstico, entre 2005 e 2009, foram, nos homens, o da próstata (86,3%) e, na mulher, o da mama (79,3%). Já os cancros mais letais foram o do fígado (6,5%) e o do pulmão (7,9%).

Na maioria dos tipos de cancro, a taxa de sobrevivência nos Açores é menor do que a nível nacional, mas Raúl Rego considerou, em dezembro, que é difícil fazer "comparações com a realidade nacional" e lembrou que os serviços de oncologia nos Açores só foram criados "a partir da década de 80" do século passado.

Desde 2011 que o Centro de Oncologia dos Açores divulga dados sobre a incidência do cancro na região, tendo registos desde 1997.

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