Açoriano Oriental
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Quem governa não se pode "retrair" e tem de "falar publicamente"
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, disse esta sexta-feira que quem governa não pode estar a governar apenas para satisfazer a opinião pública, considerando que quem se preocupa realmente não se pode retrair.
Quem governa não se pode "retrair" e tem de "falar publicamente"

Autor: Lusa/AO Online

 

"As nossas escolhas são sempre questionáveis mas quando os nossos objetivos são tão importantes e estão para além das eleições e para além da necessidade que todos os políticos têm que agradar (…) aqueles que realmente se preocupam com estas matérias não podem ficar em casa, não podem ficar envergonhados, não se podem retrair, têm que falar publicamente”, defendeu, durante a cerimónia do 80º aniversário da fábrica de chocolates Imperial, em Vila do Conde.

Para o primeiro-ministro, aqueles que pensam num horizonte de várias gerações “têm que mostrar aos portugueses que o que está em causa é muito mais do que saber se os partidos do Governo têm mais votos ou menos votos e se o primeiro-ministro é mais popular ou menos popular".

"Muitas vezes as escolhas geram incompreensão", reconheceu, mas sublinhou que "quem governa não pode estar a governar apenas para o dia seguinte, para o jornal do dia seguinte, para satisfazer a opinião pública que neste momento ou noutro momento possa estar preocupada".

Para o primeiro-ministro, Portugal só será bem-sucedido no futuro se tratar “as empresas com respeito, os cidadãos com respeito, protegendo aqueles que estão mais vulneráveis (…) protegendo aqueles que têm rendimentos mais baixos".

"Não vivemos sozinhos no mundo e se tivéssemos que viver só com os nossos recursos e com o que produzimos viveríamos muito pior do que vivemos hoje (…) Eu gostava muito que as pessoas que sabem isto pudessem, pedagogicamente, dissessem isto também ao país", pediu.

Na cerimónia do 80º aniversário da fábrica de chocolates Imperial, em Vila do Conde, também estiveram presentes o ministro da Economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira, e o presidente da Associação Comercial do Porto, Rui Moreira.

Um grupo de manifestantes concentrou-se na porta principal da Imperial aguardando a chegada de Passos Coelho mas o primeiro-ministro não se cruzou com os manifestantes uma vez que entrou por outra porta da fábrica, nas traseiras, mais próxima do local onde decorreu a cerimónia.

 

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