Autor: Paula Gouveia
As Comissões de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) da Região receberam, nos meses de março e de abril, um total de 258 sinalizações, menos 92 em relação ao período homólogo do ano anterior, tendo sido em março que se verificou a maior redução.
Tal como se verificou em 2018 e em 2019, durante os meses de março e de abril deste ano, predominaram as sinalizações de situações de exposição a violência doméstica e situações em que estava em causa o direito à educação.
Para a presidente do Comissariado dos Açores para a Infância, Célia Paiva, se, por um lado, o confinamento pode levar a “um maior risco de exposição da criança e do jovem a situações de perigo que decorram da ação ou da omissão dos familiares mais próximos, de que é exemplo a negligência ou a exposição à violência doméstica”. Isto, tendo em conta “uma maior pressão sobre as relações familiares acompanhada de uma redução significativa das relações sociais”, as “novas exigências e desafios ao regular exercício das responsabilidades parentais”, e “uma menor visibilidade social das crianças”.
Por outro lado, em confinamento,
“a criança passa a ter uma maior proteção de exposição a situações de
perigo que tenham origem no exterior da família, de que é exemplo, e já
começa a assumir alguma relevância, a exposição a comportamentos que
possam pôr em causa a sua segurança e o seu equilíbrio emocional, como o
bullying”, ressalva.
Reportagem completa na edição de segunda-feira, 1 de junho de 2020, do jornal Açoriano Oriental