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Qimonda suspende 800 trabalhadores por 6 meses
A Qimonda Portugal anunciou hoje que vai "salvaguardar 1.000 postos de trabalho" enquanto procura soluções de viabilização, precisando que 200 trabalhadores manterão a operacionalidade da empresa e 800 verão os seus contratos suspensos por seis meses.

Autor: Lusa / AO Online

Num comunicado hoje divulgado, enquanto trabalhadores da Qimonda estão reunidos na empresa com os chefes de secção e com a direcção da unidade, a administração da Qimonda Portugal refere que vai "avançar de imediato com um ajustamento do efectivo de trabalhadores para cerca de 1.000 por cessação de contratos de trabalho".

A Qimonda Portugal tinha 1.637 trabalhadores em Janeiro, mas desde então foram dispensados cerca de 300 funcionários com o fim dos respectivos contratos a prazo.

Na reunião de hoje, a empresa comunicou aos trabalhadores a dispensa de cerca de 300 funcionarios com contrato a prazo.

No comunicado, a empresa diz que a medida foi tomada em conjunto com o administrador de insolvência da Qimonda Portugal e afectará "principalmente, trabalhadores com contratos a termo".

A empresa adianta que uma "equipa de cerca de 200 pessoas" vai manter a "operacionalidade da empresa e trabalhará na procura de soluções de continuidade do negócio", enquanto que "800 trabalhadores, que se considera vir a ser necessários numa solução de viabilização da empresa", verão os seus contratos de trabalho suspensos durante seis meses.

Estas medidas, salienta a empresa, são "necessárias e mantêm em aberto a possibilidade da unidade de Vila do Conde vir a integrar uma futura solução para o grupo Qimonda".

A empresa "está consciente das implicações sociais destas medidas, pelo que serão evitadas, dentro do possível, as cessações de contrato que afectem, por exemplo, os dois cônjuges, ou famílias monoparentais com filhos a cargo", refere a nota.

No documento, a administração da empresa salienta os "esforços extraordinários" que estão a ser desenvolvidos por todas as partes envolvidas no processo para "viabilizar uma solução que permita a sobrevivência da empresa e, com ela, a do maior número de empregos possível na unidade de Vila do Conde".

"Infelizmente, não foi ainda possível, ao longo dos últimos meses, encontrar um investidor e estruturar um projecto alternativo que possa ser assumido como uma solução suficientemente sustentada", lê-se no comunicado.

A adminstração da Qimonda garante que "continuarão a ser desenvolvidos todos os esforços para garantir, no futuro, a viabilidade económica da empresa", lembrando também que "ao longo de todo este processo", tem contado com o "empenho determinado do Governo Português na procura de soluções que preservem os interesses nacionais".