Açoriano Oriental
PSD/Terceira não toma partido sobre candidatos à liderança do partido nos Açores

A Comissão Política da Ilha Terceira do PSD não vai dar apoio a um candidato em específico nas eleições internas do partido nos Açores, adiantou o recém-eleito presidente do órgão, António Ventura.

PSD/Terceira não toma partido sobre candidatos à liderança do partido nos Açores

Autor: Lusa/AO Online

"Qualquer um dos seus membros tem liberdade para apoiar uma candidatura, mas enquanto órgão administrativo político não apoia. Seria para nós uma violação do direito e da liberdade de ser militante", disse António Ventura, questionado sobre a possibilidade de a CPI apoiar um dos candidatos à liderança do PSD/Açores.

As eleições internas do partido foram agendadas para 29 de setembro, depois de o atual líder, Duarte Freitas, ter anunciado que não se recandidataria devido a falta de "condições pessoais e familiares" para permanecer no cargo.

Na corrida à liderança da estrutura regional social-democrata estão o advogado Pedro Nascimento Cabral e o presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande Alexandre Gaudêncio.

António Ventura, antigo deputado regional e atual deputado à Assembleia da República, foi eleito presidente da CPI da Terceira no final de julho, com 73% dos votos, num ato eleitoral com duas listas, que mobilizou 880 militantes.

Numa conferência de imprensa de apresentação da nova Comissão Política de Ilha, em Angra do Heroísmo, o social-democrata disse estar convicto de que será possível reforçar o número de deputados regionais do PSD eleitos pela ilha Terceira, em 2020, sem definir metas.

"Estamos convencidos de que o PSD da ilha Terceira vai aumentar o número de deputados. É este o nosso objetivo. Eu não acredito que os terceirenses continuem a dar ao PS seis deputados em 10", salientou, alegando que o cumprimento das promessas do executivo socialista na ilha "demora em média mais de 10 anos".

Atualmente, dos 10 deputados eleitos pela ilha, seis são do PS, três do PSD e um do CDS-PP.

Para António Ventura, os problemas da ilha Terceira têm-se agudizado, registando-se uma "continuada regressividade económica", o "despovoamento e envelhecimento da população" e sobretudo "a saída de jovens qualificados".

O dirigente social-democrata disse que a ilha tem "potencialidades adormecidas", que podem ser utilizadas como "alavanca para o progresso dos Açores", dando como exemplos a sua posição geográfica, o Porto da Praia da Vitória, a cidade de Angra do Heroísmo, classificada como Património Mundial, a ciência produzida na Universidade dos Açores e a Base das Lajes.

"Aquele espaço [Base das Lajes] não pode continuar a ser um espaço adormecido. Ou os Estados Unidos o utilizam ou nós encontramos outras potencialidades, outras nações que o queiram utilizar. Já passou por cá o presidente da China e o primeiro-ministro da China e tudo isto não acontece sem ser de uma forma intencional", salientou.

António Ventura considerou que a Terceira tem uma "nova oportunidade" nas eleições regionais de 2020, mas deixou para essa altura as propostas social-democratas.

"Agora é tempo de exigir o cumprimento dos compromissos políticos dos governos regional e da República e virá o tempo do PSD submeter aos terceirenses as suas ideias", apontou.


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