Açoriano Oriental
PSD quer detalhes sobre auditorias da Inspeção da Saúde

O grupo parlamentar do PSD/Açores solicitou esta quarta-feira ao Governo Regional que envie ao parlamento açoriano os relatórios de todas as auditorias - de 2012 a 2017 - da Inspeção Regional de Saúde a entidades da região, incluindo a Arrisca.

PSD quer detalhes sobre auditorias da Inspeção da Saúde

Autor: Lusa/AO online

De acordo com o deputado Carlos Ferreira, do PSD/Açores, um dos subscritores do requerimento, face à "gravidade dos factos” denunciados no relatório da auditoria aos apoios atribuídos à Arrisca em 2013 e 2014 importa conhecer não só o seu conteúdo, mas também, "e com especial pertinência, o despacho e diligências subsequentes desencadeados pelo Governo".

O Açoriano Oriental noticiou com base numa auditoria da Inspeção Regional de Saúde aos apoios financeiros prestados à IPSS Arrisca, que a antiga diretora da instituição, Suzete Frias, e atual diretora regional da Prevenção e Combate às Dependências, auferia um vencimento bruto de quatro mil euros. Os social-democratas pediram, por isso, a demissão de Suzete Frias, alegante uma gestão "abusiva" no passado da Arrisca quando a atual diretora regional era presidente da IPSS.

Os social-democratas tinham pedido recentemente a demissão de Suzete Frias, alegando uma gestão "abusiva" no passado da Arrisca quando a atual diretora regional era presidente da IPSS.

Em comunicado divulgado hoje, o grupo parlamentar do PSD/Açores adianta que requereu ao Governo Regional o envio ao parlamento açoriano dos relatórios de todas as auditorias realizadas pela Inspeção Regional de Saúde no período de 2012 a 2017, inclusive, bem como os despachos do executivo exarados sobre esses mesmos relatórios.

O deputado Carlos Ferreira considera que perante as “incertezas” se deve também apurar a atuação do próprio executivo em relação a relatórios de outras auditorias da Inspeção Regional de Saúde de 2012 a 2017.

Para o PSD/Açores, “não podem subsistir quaisquer dúvidas” sobre a natureza dos relatórios das auditorias e as respostas do Governo açoriano, uma vez que o “rigor” da atividade inspetiva e a “consequente adoção de medidas corretivas” constituem um “indicador da qualidade do funcionamento das instituições e do próprio modelo autonómico”.

Na sessão parlamentar de janeiro, o presidente do Governo dos Açores, o socialista Vasco Cordeiro, não reconheceu existirem "ilegalidades" ou "imoralidades" no caso da associação Arrisca.

"A drª Suzete Frias não foi remunerada como presidente da Arrisca", justificou o chefe do executivo num debate de urgência, no parlamento dos Açores, proposto pelo PSD, sobre esta matéria, recordando que a coordenadora daquela associação desenvolvia "diversas atividades", como psicóloga e coordenadora dos serviços de tratamento e reabilitação de toxicodependentes e do programa de substituição opiácea, entre outros.

Na altura, o presidente do Governo açoriano anunciou ainda que o seu executivo vai apresentar na Assembleia Legislativa dos Açores uma proposta para que a publicação dos relatórios das inspeções da Administração Regional passe a ser regra na região.


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