Açoriano Oriental
CGD
PSD diz que portugueses têm necessidade de saber quem são os responsáveis

 O secretário-geral do PSD, José Silvano, disse este sábado que os portugueses exigem e têm a necessidade de saber “quem deve e quem aprovou” os créditos na Caixa Geral de Depósitos (CGD), defendendo a responsabilização de quem tomou as decisões.


Autor: Lusa/Ao online

O social-democrata, que pertenceu à comissão de inquérito da CGD, lembrou que enquanto coordenador da mesma pediu acesso a estes e outros dados, mas a comissão acabou fechada por “iniciativa do PCP, Bloco de Esquerda (BE) e PS”.

“Pedimos a lista dos 20 maiores devedores e as decisões sobre o crédito, mas acabaram [PCP, BE, PS] com a comissão de inquérito para que esta não pudesse chegar a tempo”, vincou, à margem da tomada de posse dos órgãos eleitos pela concelhia do PSD/Chaves, agora liderada por Castanheira Penas, ex-vice-presidente da câmara local.

José Silvano acredita que os partidos que terminaram com a comissão estão “arrependidos” dessa decisão, pois os portugueses têm a necessidade de saber quem são os devedores, mas principalmente quem decidiu esses créditos sem as garantias e as análises de risco que a CGD tinha sobre essa matéria.

O facto de o dinheiro da CGD ser público e de terem sido utilizados quase cinco mil milhões na sua capitalização leva o secretário-geral a reforçar a “necessidade de serem encontrados os responsáveis”.

“As responsabilidades não têm tempo para ficarem por esclarecer. Se depois se vai recuperar todo o dinheiro dos devedores grandes tenho sérias dúvidas, mas, o importante, como o povo diz, é que o crime não compense”, realçou.

Uma versão da auditoria da EY à CGD relativa ao período 2000-2015, com data de dezembro de 2017, refere que os administradores do banco público receberam "remuneração variável" e "voto de confiança", mesmo com resultados negativos.

A auditoria aponta "importantes insuficiências" organizacionais que poderão ter contribuído para decisões pouco fundamentadas na concessão de crédito e detetou sete operações de concessão de crédito com risco grave ou elevado e perdas, só nestas, de mais de 1.000 milhões de euros, entre as quais as operações de financiamento da fábrica da La Seda de Barcelona, em Sines.



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