Autor: Lusa/AO online
"Nos Açores, temos um Governo que provoca pobres para depois os pobres dependerem dele, porque enquanto os pobres dependerem do Governo não há desenvolvimento e eles mantêm-se no poder. Esta é a estratégia usada há 22 anos: é criar pobres para depois estarem de mão estendida, para dependerem do Governo", apontou.
António Ventura, que é também deputado à Assembleia da República, falava numa conferência de imprensa em Angra do Heroísmo, enquanto líder da Comissão Política da Ilha Terceira do PSD.
O dirigente social-democrata defendeu que a Terceira tem potencialidades para contribuir para o desenvolvimento da região, que não estão a ser aproveitadas, como a sua geocentralidade, a base das Lajes, o Porto da Praia da Vitória, a ciência produzida na Universidade dos Açores ou o facto de a cidade de Angra do Heroísmo ser Património Mundial da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).
"Nós não queremos ser mais do que os outros, mas temos a consciência de que temos aqui várias potencialidades adormecidas que podem contribuir para o desenvolvimento da ilha Terceira, como também para um programa regional, nacional e europeu", frisou.
Segundo António Ventura, o PSD vai recolher contributos junto da sociedade civil em todas as ilhas para preparar os próximos atos eleitorais.
"O que queremos é criar uma estratégia de complementaridade. As ilhas são todas importantes, não podem ficar ilhas para trás, porque todas correspondem à unidade dos Açores", salientou, acusando o Governo Regional de colocar "açorianos contra açorianos" ao fazer investimentos em determinadas ilhas, esquecendo outras.
O vice-presidente do PSD/Açores criticou ainda a cobrança da Taxa Municipal Turística pela Câmara de Lisboa aos açorianos que se deslocam à capital por outros motivos.
"É inaceitável. Nós não podemos permitir que exista taxa e que ela agora passe para o dobro. É lamentável essa situação. Não queremos que isso aconteça. Não aceitamos ser tratados como portugueses de segunda", frisou, acrescentando que o PSD vai tentar "inverter esta situação" na Assembleia da República.