Açoriano Oriental
PS teme que orçamento dos Açores seja feito para “sustentar” a coligação do executivo

O coordenador do PS/São Miguel Francisco César disse temer que o próximo orçamento dos Açores para 2021 seja feito para “sustentar” a coligação do Governo Regional colocando os interesses partidários à frente dos “interesses dos Açores”.

PS teme que orçamento dos Açores seja feito para “sustentar” a coligação do executivo

Autor: Lusa/AO Online

“O meu medo, aquilo que nós tememos, é que este não seja um orçamento de desenvolvimento para os Açores, mas sim um orçamento para sustentar uma coligação”, declarou Francisco César à agência Lusa.

E prosseguiu: “quando assim é quer dizer que os partidos estão a pôr à frente os seus interesses pessoais em relação aos interesses dos Açores”.

O secretário coordenador do PS/São Miguel falava hoje no pavilhão da Associação Agrícola, em Rabo de Peixe, onde decorreu a reunião da comissão de ilha de São Miguel do partido, onde esteve em análise a situação política regional e a estratégia para as próximas eleições autárquicas.

A propósito do plano e orçamento da região para 2021, Francisco César disse ser “fundamental” que os Açores não fiquem “sujeitos a interesse particulares e momentâneos de um partido”.

“Nós [PS] sabemos o queremos. A única coisa que percebemos em relação ao governo atual é que o seu único desejo é para já conseguir sobreviver e manter-se no poder”, afirmou.

O socialista destacou os investimentos que faziam parte do programa do PS e que o partido considera “fundamentais” constarem no Plano e Orçamento dos Açores para 2021, que terá de ser discutido até Abril na Assembleia Regional.

Francisco César deu o exemplo da ligação entre as Furnas e a Povoação, das variantes às freguesias de Capelas e São Roque e da requalificação de escolas na Ribeira Grande, Capelas, Arrifes, Rabo de Peixe, Lagoa e Povoação.

“Há cabimento financeiro e, portanto, o Governo Regional deve colocar esses investimentos na sua agenda”, assinalou.

Para as próximas eleições autárquicas, o socialista assumiu que o PS quer “reforçar” as câmaras municipais que tem, mas destacou que o objetivo do partido é vencer o sufrágio: “para nós uma vitória é ter mais votos que o segundo partido mais votado”, disse.

“Os presidentes de câmara que estão em exercício serão naturalmente candidatos. Estamos a articular com as estruturas concelhias a indicação de candidatos onde não somos poder. Portanto, o processo de eleições autárquicas no PS está a ser desenvolvido”, acrescentou.

Francisco César rejeitou ainda fazer leituras regionais daquilo que serão os resultados autárquicos, uma vez que as autárquicas são “eleições particulares”.

“Cada caso é um caso, cada trabalho é um trabalho em particular. Obviamente que a soma das partes individuais nos dá um resultado global. E o nosso objetivo, em São Miguel, é que o PS continue a ter o bom resultado que teve nas últimas eleições”, concluiu.


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