Açoriano Oriental
PS-M quer investigação policial às contas de alguns autarcas
O presidente do PS-M, João Carlos Gouveia, defendeu hoje uma investigação por parte do Ministério Público e da Polícia Judiciária às contas bancárias e ao património de alguns autarcas e funcionários da Câmara Municipal do Funchal e de alguns empresários com negócios com a autarquia.

Autor: Lusa / AO online
João Carlos Gouveia fez esta sugestão durante uma conferência de imprensa sobre a situação na Câmara Municipal do Funchal, resultante da Inspecção Administrativa e Financeira levada a efeito pela Vice-Presidência do Governo Regional.

Em 2004, o vice-presidente do Governo Regional, João Cunha e Silva, lançou a suspeita de que haveria "negociatas" na autarquia funchalense, facto que levou o próprio responsável pela Câmara, Miguel Albuquerque, a solicitar uma auditoria.

"Naturalmente - disse João Carlos Gouveia - qualquer "negociata" seria dificilmente detectada pela via administrativa".

Por isso, considerou que "as negociatas denunciadas por Cunha e Silva exigem que, da parte do Ministério Público, se avance para uma investigação criminal a uma série de pessoas envolvidas nas denominadas "negociatas"".

Para o líder do PS-M, "o que se passa na Câmara Municipal do Funchal não é apenas do âmbito da legalidade dos actos administrativos, mas também do foro criminal".

Deste modo, defendeu João Carlos Gouveia, "que deve ser investigado não é a Câmara, nem as suas contas ou o seu património, mas as contas e o património de alguns autarcas, alguns funcionários e alguns empresários".

Ainda segundo João Carlos Gouveia, "esta investigação não compete ao presidente da Câmara, nem ao vice-presidente do Governo Regional, nem aos membros da Assembleia Municipal, nem aos políticos mas sim ao Ministério Público e à Polícia Judiciária".

Nesse sentido, anunciou que o PS-M "está a elaborar um dossier a ser entregue na Procuradoria-Geral da República com indícios, factos e nomes".

João Carlos Gouveia revelou ainda que à sede do PS-M têm chegado, anonimamente, denúncias através de cartas, fotografias e fotocópias de dossiers de processos alegadamente irregulares.
PUB
Regional Ver Mais
Cultura & Social Ver Mais
Açormédia, S.A. | Todos os direitos reservados

Este site utiliza cookies: ao navegar no site está a consentir a sua utilização.
Consulte os termos e condições de utilização e a política de privacidade do site do Açoriano Oriental.