Açoriano Oriental
Proteção da orla costeira dos Açores com 7,5 ME este ano
A proteção da orla costeira dos Açores tem este ano uma verba de 7,5 milhões de euros, disse hoje o diretor regional dos Assuntos do Mar, explicando que os trabalhos visam a requalificação destas zonas face às intempéries.
Proteção da orla costeira dos Açores com 7,5 ME este ano

Autor: Lusa/AO Online

 

“Estão contemplados no orçamento desta Direção Regional dos Assuntos do Mar 7,5 milhões de euros para intervir na proteção da orla costeira”, afirmou à agência Lusa Filipe Porteiro.

Segundo Filipe Porteiro, o objetivo é a “proteção e a requalificação das zonas costeiras face às intempéries” e “ao processo natural de erosão das costas, que vai expondo bens e pessoas a essa erosão, ou o desgaste de infraestruturas e de acessos”.

“Visam todas elas [as intervenções] a proteção costeira perante fenómenos extremos e, também, no contexto das alterações climáticas”, adiantou.

O responsável referiu que “a ocupação dos terrenos das ilhas faz-se há cinco séculos e as pessoas foram-se instalando nos locais de mais fácil acesso ao mar”.

“O mar era a via de comunicação por excelência (…) e uma parte significativa dos nossos aglomerados populacionais e urbanos estão junto às costas”, declarou, notando que, “às tantas, construções que foram feitas a 200 ou 300 metros da costa, hoje estão, devido à erosão, muito mais próximas da linha de água”.

Entre as obras previstas para este ano, com financiamento comunitário de 85%, Filipe Porteiro destacou a proteção da baía do Fanal, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, cujo acesso “está em perigo”, e as obras da Maia e em Rabo de Peixe, em São Miguel, “numa zona extremamente sensível, são bastante relevantes”.

“Sob o ponto de vista do impacto turístico, da valorização do património natural e edificado, as obras em São Jorge, nomeadamente da proteção da Fajã dos Vimes e dos acessos à Fajã da Caldeira de Santo Cristo, também serão consideráveis”, acrescentou.

Outras intervenções vão ser executadas na Maia, ilha de Santa Maria, a zona da Barra, na Graciosa, e na baía das Canas e no cais do Mourato, na ilha Pico.

Na ilha do Faial, os investimentos contemplam o porto do Salão e a proteção da orla costeira junto ao Castelo de São Sebastião.

Neste último caso, “é um garante da preservação daquele património cultural e histórico e que estava afetado pela agitação marítima”, observou o diretor regional.

Na ilha do Corvo, é o troço junto à rotunda do porto da Casa que vai ser contemplado, enquanto nas Flores, a obra de proteção vai decorrer num troço junto ao hotel Serviflor.

Segundo o responsável, neste âmbito da proteção da orla costeira há outras obras previstas.

“Há várias zonas da região que precisam de intervenção, umas são mais prioritárias, outras menos prioritárias, mas que nos próximos anos vai obrigar a continuar este esforço de proteção das costas das ilhas”, referiu Filipe Porteiro.

 

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