Açoriano Oriental
Projeto para a Lagoa do Fogo tem menor impacto ambiental possível

O secretário do Ambiente e Alterações Climáticas do Governo dos Açores, Alonso Miguel, disse que o novo anteprojeto de requalificação do miradouro da Lagoa do Fogo, em São Miguel, tem o “menor impacto ambiental e paisagístico possível”.

Projeto para a Lagoa do Fogo tem menor impacto ambiental possível

Autor: Lusa/AO Online

Em declarações à agência Lusa, Alonso Miguel destacou que a iniciativa foi lançada pelo anterior Governo Regional, do PS, mas afirmou que a “nova solução” engloba “um conjunto significativo de participações” que decorreram das “anteriores sessões públicas”.

“Decidiu-se criar uma nova solução, mais consensual e com menor impacto ambiental e paisagístico possível, indo ao encontro de algumas das pretensões que estavam vertidas nas participações e pareceres. Optou-se por abandonar um conjunto de intervenções que estavam previstas no anterior anteprojeto”, afirmou o membro do executivo PSD/CDS-PP/PPM.

Em novembro de 2019, o Governo Regional, liderado pelo PS, apresentou um projeto para a requalificação do miradouro da Lagoa do Fogo, que projetava a criação de um novo ponto de acesso, localizado no interior da caldeira, através da construção de um túnel.

O executivo açoriano de então assegurava que a obra teria um reduzido impacto visual e respeitaria a reserva natural, mas o projeto mereceu contestação de associações ambientalistas.

Agora, o Governo Regional, liderado pelo social-democrata José Manuel Bolieiro, elaborou uma nova solução que foi apresentada hoje publicamente em São Miguel.

“Com esta nova solução é eliminado o túnel a escavar no interior da vertente da caldeira da Lagoa do Fogo, é eliminado também o edifício que seria escavado no interior da vertente e são eliminados os novos miradouros e plataformas na vertente da Lagoa”, assinalou o secretário regional.

Alonso Miguel realçou que o atual miradouro será mantido no “mesmo local”, mas será requalificado para “garantir as condições adequadas de conforto e segurança” numa “zona que já é alvo de pressão”.

A requalificação vai assentar em “três plataformas desniveladas”, de forma a “minimizar as alterações” do terreno e a “criar novos espaços de contemplação”.

O edifício de apoio vai ser “reconstruído por cima de uma infraestrutura” que “está desativada”, o que “permite minimizar o impacto visual” e “corrigir uma cicatriz da paisagem”, uma vez que o novo edifício ficará “oculto” na paisagem.

“As intervenções são feitas em áreas que já são alvo de pressão, sempre fora da reserva natural, protegendo a reserva e a rede natura 2000, com mobilizações de solo e operações de escavação mínimas e também corrigindo de alguma forma uma cicatriz que já existe na paisagem”, apontou.

O acesso ao miradouro vai ser feito através do edifício de apoio, o que vai permitir “disciplinar o fluxo de turistas”.

Contudo, existirá um “acesso alternativo”, com uma “ligação direta entre o parque de estacionamento e o miradouro”, para as situações em que o edifício de apoio esteja encerrado.

“Esta solução foi ao encontro de muitas das preocupações que foram demonstradas nas sessões públicas do anterior anteprojeto e engloba já soluções e elimina parte das ações que eram mais contestadas”, concluiu Alonso Miguel.


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