Processo de vacinação é "bom exemplo de cooperação" entre governos
Covid-19
24 de set. de 2021, 09:30
— Lusa/AO Online
“Foi um excelente
exemplo de solidariedade partilhada entre a região e a República a todos
os níveis, com uma visibilidade muito marcante com a ‘Operação
Periferia’, mas que decorreu sempre em todo este processo de vacinação
em articulação permanente entre a ‘Task Force’ nacional e a ‘Task Force’
regional”, adiantou o titular da pasta da Saúde nos Açores, Clélio
Meneses, em declarações à Lusa.O governante reuniu-se na sexta-feira, em Oeiras, com a ‘Task Force’ que coordena o processo de vacinação em Portugal.Clélio
Meneses deu como exemplo de cooperação a “Operação Periferia”, que,
entre 06 de junho e 11 de julho, permitiu vacinar em massa cinco das
seis ilhas sem hospital da região, com a colaboração de uma equipa de
nove militares (seis enfermeiros, dois médicos e um farmacêutico),
disponibilizada pelo Ministério da Defesa Nacional.O
governante saudou ainda o “sucesso do processo de vacinação” contra a Covid-19 em Portugal, que atribuiu à “liderança do vice-almirante"
Gouveia e Melo, aos “critérios que foram identificados”, ao “esforço dos
profissionais de saúde e de todos os que estiveram envolvidos” e à
“disponibilidade dos portugueses para serem vacinados”.Portugal
está a dois pontos percentuais de atingir os 85% de população com
vacinação completa contra a Covid-19, meta que os Açores também
pretendem alcançar, embora apresentem uma taxa de vacinação mais baixa.“Neste
momento, podemos dizer que até ao final da corrente semana atingiremos
os 80% de vacinação nos Açores”, avançou Clélio Meneses.Segundo
o governante, a diferença em comparação com o todo nacional pode
justificar-se pelo facto de nem todos os açorianos recenseados nos
Açores residirem na região.“Quer os
Açores, quer o Algarve, quer a Madeira são regiões de muita mobilidade e
há muitos habitantes destas regiões que estão vacinados, mas não na
região onde estão inscritos. Isso faz com que possa haver aqui uma
diferença entre aquilo que é a vacinação real dos açorianos”, adiantou.O
processo de verificação é, no entanto, “complexo”, por isso as
autoridades regionais contabilizam as vacinas administradas nos Açores e
apuram a percentagem de pessoas vacinadas com base no número de
habitantes conhecido.“O que sentimos é que
com a vacinação de 80%, que alcançaremos até ao final da semana, e com
todo o resto que iremos alcançar, estamos de facto a assegurar a
proteção da população através do processo de vacinação, com resultados
evidentes ao nível daquilo que é a incidência de casos, os internamentos
e os óbitos”, salientou o governante.O
executivo açoriano continua a apontar a taxa de vacinação de 85% como
meta, mas admite levantar as medidas restritivas ainda existentes mais
cedo, se for possível demonstrar a eficácia da vacina através de uma
“leitura conjugada de incidência de casos, internamentos e óbitos”.“Estamos
permanentemente a avaliar esta evolução. Quando se perceber que, de uma
forma consolidada, isto é, que não é episódica ou momentânea, a
vacinação garante que a incidência de casos, os internamentos e os
óbitos são residuais ou que estão claramente em decréscimo, que a vida e
a saúde das pessoas está protegida, obviamente que entendemos que a
vacinação alcançou os seus objetivos”, frisou Clélio Meneses.Questionado
sobre a terceira fase de desconfinamento anunciada hoje pelo
primeiro-ministro para o continente português, o titular da pasta das
Saúde nos Açores disse que “grande parte das medidas já estava a vigorar
na Região Autónoma dos Açores”, dando como exemplo “o funcionamento dos
estabelecimentos de restauração e bebidas sem limites” e “o
funcionamento de bares e discotecas”.