Açoriano Oriental
Primeiro-ministro chinês adverte poluidores que poderão pagar "um preço incomportável"
O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, advertiu hoje as empresas responsáveis pela elevada poluição no país que pagarão "um preço incomportável" se não cumprirem as leis acerca da proteção ambiental.
Primeiro-ministro chinês adverte poluidores que poderão pagar "um preço incomportável"

Autor: LUSA/AO Online

"Temos de fazer com que o preço (por poluir) seja incomportável. Ninguém deve usar o seu poder para interferir no cumprimento da lei", disse Li Keqiang numa conferência de imprensa em Pequim, após o encerramento da sessão anual da Assembleia Nacional Popular (ANP). O primeiro-ministro chinês respondia a uma pergunta acerca da alegada resistência das duas maiores petrolíferas estatais do país (Sinopech e Petrochina) às novas leis sobre proteção ambiental. "O governo está determinado a combater a poluição. Já fizemos muito, mas o progresso alcançado ainda está muito aquém das expetativas das pessoas", afirmou Li Keqiang, sem mencionar nomes. A poluição, que tinge frequentemente de cinzento o céu de Pequim e de outras grandes cidades chinesas, é uma das maiores fontes de insatisfação popular na China, a par da corrupção e das crescentes desigualdades sociais. "No ano passado, eu disse que o governo ia declarar guerra à poluição. Estamos empenhados em cumprir a promessa", afirmou Li Keqiang. O primeiro-ministro chinês salientou que no relatório do governo apresentado este ano à ANP, a redução de emissões figura entre as grandes metas da política económica, ao lado dos índices de crescimento, desemprego e inflação. "O combate à poluição é obra de toda a sociedade. Pode ser difícil uma pessoa mudar rapidamente o ambiente onde vive, mas pode sempre mudar o seu comportamento", disse. O referido relatório, aprovado hoje por 99% dos cerca de 3.000 deputados da Assembleia Nacional Popular, preconiza uma redução de 3,1% nas emissões de dióxido de carbono. De acordo com o documento, o crescimento económico da China em 2015 deverá abrandar para "cerca de 7%", o valor mais baixo num quarto de século. Li Keqiang, 60 anos, é o "número dois" da hierarquia chinesa, a seguir ao secretário-geral do Partido Comunista e Presidente da Republica, Xi Jinping.

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