Autor: Lusa/AO Online
Após a intervenção inicial de António Costa, seguem-se os pedidos de esclarecimento dos grupos parlamentares, a começar pela bancada do PSD. Segundo a ordem prevista, seguem-se o Bloco de Esquerda, o CDS-PP, o PCP, o PEV, o PAN e, por último, o PS.
No debate quinzenal do passado dia 15, o primeiro-ministro acusou o anterior executivo PSD/CDS-PP de ter tido como prioridade “matar marcas da anterior governação” PS que considerou essenciais, dando o exemplo do programa de simplificação administrativa Simplex.
No início de janeiro, o Governo estabeleceu em Conselho de Ministros as "orientações e a calendarização" para o Programa Simplex 2016, que será tornado público "até ao início de maio".
O debate quinzenal ocorre um dia depois de serem conhecidas alegadas divergências entre o Governo e a Comissão Europeia sobre as previsões do défice e do crescimento, uma diferença que António Costa desvalorizou afirmando que neste momento as questões são tratadas ao nível técnico.
A TVI noticiou quinta-feira que Bruxelas, numa primeira análise, admitiu que o défice vai chegar aos 3,4% este ano, em vez dos 2,6% previstos pelo Governo, e possa subir para 3,5% em 2017.
Questionado sobre esta alegada divergência, António Costa afirmou que não há “nenhum problema sério” entre o Governo e Bruxelas relativamente ao projeto de Orçamento do Estado para 2016, sublinhando que, neste momento, as discussões são ao nível técnico.
Na quarta-feira foi também divulgada uma carta da Comissão Europeia ao Ministério das Finanças, querendo saber, até hoje, por que é que o Governo pretende reduzir o défice estrutural em 0,2 pontos percentuais, um terço do recomendado em julho.