Autor: Ana Carvalho Melo/PF
Os Açores receberam ontem 8500 doses de vacina contra a Covid-19 da farmacêutica AstraZeneca, o que irá permitir alargar a vacinação aos profissionais de saúde privados e às forças de segurança na Região, mas as mesmas encontram-se em ‘quarentena’ por haver a suspeita de que não tenha sido acautelada a temperatura indicada com vista à sua administração.
“Temos neste momento as vacinas da AstraZeneca em quarentena porque houve um problema qualquer com o registo das temperaturas e estamos a confirmar que elas estão em condições de serem administradas”, avançou ontem o coordenador da Comissão de Acompanhamento da Luta contra a Covid-19, Gustavo Tato Borges, em declarações à RTP/Açores.
Segundo a a Secretaria Regional da Saúde, a Região recebeu ontem um lote com 4000 doses na ilha Terceira e um outro lote com 4500 doses em São Miguel.
A questão ao nível do registo de
temperaturas coloca-se desde o momento em que as vacinas foram embaladas
e transportadas tendo como destino os hospitais de Angra do Heroísmo e
de Ponta Delgada, sendo que Tato Borges espera ter uma resposta
clarificadora dentro de um ou dois dias.
Alargar a vacinação
De acordo com a nota do executivo regional, “as vacinas da AstraZeneca permitirão alargar a vacinação aos profissionais de saúde privados e às forças de segurança na Região”.
Para a Secretaria Regional da Saúde, com esta entrega de vacinas “confirma-se assim a melhor expectativa da Direção Regional de Saúde, com a chegada esta semana, de mais este lote de vacinas”.
Acrescenta ainda que “o fornecimento a Portugal sofreu
um ligeiríssimo atraso, facto que se repercutiu também na chegada aos
Açores”.
Esta semana, trata-se do segundo fornecimento de vacinas
que chega à Região. O primeiro aconteceu na segunda-feira com a chegada
de 5850 doses da vacina Comirnaty da Pfizer. Segundo a Secretaria
Regional da Saúde, está ainda prevista a entrega de igual quantidade de
vacinas do laboratório Pfizer no próximo dia 15 de março.
Refira-se
que as vacinas foram transportadas para o arquipélago num avião militar
da Força Aérea Portuguesa. Posteriormente, quer na Terceira, quer em São
Miguel, o transporte dos lotes, entre os aeroportos e os hospitais, foi
realizado pelo Serviço Regional de Proteção Civil.