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Presidente do Marítimo defende que Liga só recomeçava com regulamentos aprovados

O presidente do Marítimo, Carlos Pereira, disse que a I Liga portuguesa de futebol, que retoma na quarta-feira, só deveria reiniciar quando os regulamentos fossem aprovados em Assembleia Geral, a próxima a 8 de junho.

Presidente do Marítimo defende que Liga só recomeçava com regulamentos aprovados

Autor: Lusa/AO Online

“Se é para discutir a regulamentação ou alteração da regulamentação ou retificação de decisões, talvez mal tomadas, para retificar uma posição já tomada pela direção, penso que, com tanto tempo de atraso, vem fora de tempo. Já estamos com a nossa vida quase normalizada. Fazer a 2 [de junho], fazer a 4 ou fazer a 8, é praticamente a mesma coisa, só que tinha um grande benefício para o futebol português: não se iniciava a prova sem ter os regulamentos aprovados”, defendeu, em declarações à RTP-Madeira.

Na ordem de trabalhos da AG do dia 8, constam vários pontos, entre eles a “discussão do modelo de governação”, a “apreciação, discussão e votação da proposta de alteração ao Regulamento de competições” ou a “votação da proposta de ratificação das deliberações do Plano de Ação para retoma da competição, datado de 29 de maio”, entre outros assuntos.

“A intenção do Marítimo é discutir isto em assembleias separadas e, ponto por ponto, que, antes da assembleia e atempadamente, possam ser clarificados para nós estarmos preparados para poder, em AG, aprovar ou desaprovar, em função das ideias que nos forem transmitidas”, comentou Carlos Pereira.

O dirigente do emblema ‘verde rubro’ revelou que já foi sondado para se candidatar à presidência da Liga de clubes, cargo atualmente ocupado por Pedro Proença, mas afastou de imediato esse cenário.

“Já fui desafiado, mas adoro viver na minha terra. Deslocar-me do meu cantinho e da comodidade que tenho, para assumir um cargo, que, hoje, está esvaziado de qualquer poder, porque todo esse poder foi transferido para Lisboa. A única coisa que tem na Liga é custos na organização de jogo”, respondeu.

A alteração de três para cinco substituições continua também a ser tema de conversa, tendo em conta que levou a que o Marítimo rejeitasse “assinar uma declaração ilegal”, o plano de retoma, como o clube referiu em comunicado na semana passada e que Carlos Pereira justificou.

“Provavelmente, quando aquilo foi pensado pelo IFAB (International Board), foi pensado na Liga dos Campeões, na Liga Europa, na final da Taça de Portugal, mas eu não sei se foi pensado bem naquilo que é o rico e o pobre. No que tem quantidade e qualidade no banco, em contraponto com aquele que tem menor quantidade e menor qualidade”, salientou.

Com o campeonato à beira de regressar, embora que seja à porta fechada, o presidente da equipa madeirense voltou a referir que deveria haver público nas bancadas e prometeu que se encarregava dos custos.

“Vendo que as escolas recomeçaram, ver que os aviões começam a andar com a sua lotação, os autocarros, os restaurantes, as praias, tudo normal. O futebol, anormal. Já disse que oferecia as máscaras, as viseiras, o gel, lugares marcados”, afirmou.

O Marítimo, 15.º classificado, com 24 pontos, entra em campo na quinta-feira, ao receber o Vitória de Setúbal, 12.º, com 28, pelas 18h00 (menos uma nos Açores).


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