Autor: Lusa/AO online
"A SATA está atenta às movimentações do mercado e não está insensível às mesmas", declarou à agência Lusa Paulo Menezes, salvaguardando, contudo, que o grupo possui um plano estratégico, estando a trabalhar "com afinco" na sua implementação.
Sem se querer comprometer com eventuais novos cenários da operação da companhia, Paulo Menezes reafirma o cumprimento do plano, aprovado pela anterior administração da SATA, cujo capital social é detido pela Região Autónoma dos Açores.
O Plano de Desenvolvimento Estratégico 2015/2020 do grupo SATA privilegia na sua operação comercial os Açores, continente, EUA, Canadá e Macaronésia, abandonando as rotas regulares com a Europa, que se revelaram deficitárias.
Segundo o grupo SATA, o plano da operadora visa dar sustentabilidade à empresa e corrigir "desequilíbrios" financeiros que se têm agudizado nos últimos anos, bem como redimensionar e renovar o foco de negócio.
O documento contempla ainda a renegociação de uma dívida financeira de 179 milhões de euros, a redução de frotas e pessoal e cortes de custos.
No âmbito da sua estratégia, o grupo SATA já tem disponível um dos dois Airbus A-330 que pretende adquirir para realizar as suas operações de longo curso, em alternativa aos atuais Airbus A-310.
Num comunicado emitido na quarta-feira, o Sindicato do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SPVAC) reivindica o regresso da SATA Internacional às rotas que saem do Porto, depois de a operadora de baixo custo Ryanair ter anunciado que iniciará uma nova operação com voos para Barcelona, Milão, Roma e Bruxelas a partir da cidade nortenha.
A estrutura sindical pretendeu, desta forma, relembrar os "mais incautos que existe uma companhia aérea portuguesa que já explorou rotas a partir do Porto e que poderia naturalmente ocupar o espaço deixado pela TAP".
O SNPVAC defendeu que esta companhia aérea "tem um custo de operação para estas rotas bastante inferior ao da companhia de bandeira nacional e poderia, desta forma, ajudar a criar uma plataforma giratória ('hub') complementar a Lisboa".
O sindicato questionou ainda o presidente da Câmara Municipal do Porto sobre se irá exigir ao Governo da Região Autónoma dos Açores que assuma este lugar, lembrando que a SATA contribui para a Segurança Social e não sujeita os seus trabalhadores a situações precárias, factos de que acusa a Ryanair.
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