Açoriano Oriental
Presidente da República defende que importa dignificar Forças Armadas
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou hoje que importa dignificar, reforçar e conferir mais evidentes capacidades de afirmação às Forças Armadas (FA), reconhecendo razão aos militares quando se sentem desvalorizados.
Presidente da República defende que importa dignificar Forças Armadas

Autor: Lusa/AO Online

"Procurarei ser atento, sereno e interventivo", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, identificando "três frentes fundamentais" para cumprir o objetivo de "dignificar, reforçar e conferir mais evidentes capacidades de afirmação às Forças Armadas".

Em primeiro lugar, o Presidente da República apontou a afirmação do atual Conceito Estratégico de Defesa Nacional, a valorização "da carreira das armas, com atenção ao Estatuto dos militares" e o "investimento e eficácia no perfil" da instituição militar, para Forças Armadas "equipadas e qualificadas".

Marcelo Rebelo de Sousa, que destacou a presença do primeiro-ministro, António Costa, na cerimónia, defendeu que as FA "merecem" que o "poder político - todo ele, solidariamente - lhes reconheça a importância da missão que desempenham, em objetivos a prosseguir, em meios a utilizar e, até, em sensibilidade para não se esquecer delas de cada vez que tem de decidir sobre matérias que possam implicar ou sugerir depreciação do seu estatuto".

Perante cerca de mil militares, na cerimónia de receção ao novo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa disse reconhecer que os militares têm razão "quando sentem, de quando em vez, que o seu papel não é compreendido, não é valorizado, não é acalentado".

"Há uma pedagogia a fazer para explicar que Forças Armadas não são reminiscências de um passado sem futuro, como não são instituição supérflua ou desnecessária. Pelo contrário, quase nada do que houve de portador de futuro, de esperança, de sonho, foi realizada em Portugal sem o seu contributo".

O Presidente da República disse reconhecer que os tempos "são de raridade de recursos" e que "as sociedades em crise ou com maiores desigualdades têm mais dificuldade em entender a importância crucial das Forças Armadas".

No entanto, observou, "a globalização também agravou os riscos e ampliou as áreas de intervenção das alianças políticas e militares" e a soberania alargou-se "a novas fronteiras e novas exigências".

A defesa de todos é "um problema do presente e do futuro e não uma recordação do passado" e "um Portugal pacífico não pode ser confundido com um Portugal indefeso".

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