Açoriano Oriental
Prejuízo da STCP agravado para 4 ME no primeiro semestre de 2018

A Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) registou um aumento de prejuízo de cerca de quatro milhões de euros no primeiro semestre deste ano, passando de -244 mil euros em 2017, para -4,23 milhões de euros, informou esta sexta feira aquela transportadora.


Autor: Lusa/Ao online

“O resultado líquido apurado no final do primeiro semestre de 2018 apresenta um agravamento de aproximadamente quatro milhões de euros face ao registado no período homólogo do ano anterior, passando de -244 mil euros, em 2017, para -4,23 milhões de euros em 2018”, indica o relatório e contas consolidadas da STCP do primeiro semestre deste ano, enviado pela empresa à Comissão do Mercado de Valores Imobiliários (CMVM) a que a Lusa teve hoje acesso.

O resultado líquido do período apresenta um agravamento de 777 mil euros (50%), quando comparado com o primeiro semestre de 2017, atingindo o montante de “-2,3 milhões de euros”, quando em 2017 o valor era de “-1,6 milhões”.

Para esta evolução contribuiu essencialmente a variação das provisões, uma vez que o primeiro semestre de 2017 registou uma diminuição das provisões de aproximadamente 3,4 milhões de euros.

A STCP registou resultados financeiros negativos de 3,9 milhões de euros, agravando-se em 2,9 milhões de euros face ao primeiro semestre de 2017, lê-se ainda no relatório e contas consolidadas.

Segundo o documento, o resultado financeiro negativo justifica-se com o “crescimento dos encargos com instrumentos financeiros (swap) em 3,2 milhões de euros (os juros com swap foram de 8,5 milhões de euros, crescendo 1,5 milhões de euros face a 2017.

O primeiro semestre de 2018 na STCP - sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos -, marca o início do contrato de gestão de serviço público e de delegação de competências entre o Estado, a Área Metropolitana do Porto e os Municípios nos quais a sociedade opera (Porto, Matosinhos, Maia, Valongo, Gaia e Gondomar).

Ao longo do primeiro semestre de 2018, a STCP transportou “ 37 milhões de passageiros, mantendo praticamente o nível de procura do período homólogo do ano anterior, com a particularidade de no modo carro elétrico terem sido transportados cerca de 350 passageiros, o que corresponde a “um acréscimo de 2,1%”, refere o relatório.

A receita de serviço de transporte aumentou 4,8%, cerca de 1,1 milhões de euros, quando comparada com igual período de 2017, atingindo cerca de 23,5 milhões de euros.

“Para este resultado contribuiu o aumento de tarifário, a partir de 01 de janeiro, com particular incidência do título Agente Único.

A receita de serviço de transporte do modo carro elétrico foi de 863 mil euros, correspondendo a um aumento de 16,4%.

Os “principais riscos estratégicos identificados” pela STCP foram o “aumento do regime concorrencial nas linhas de transporte”, a “ineficácia do regime de fiscalização relativamente à exclusividade de exploração do transporte público prestado pela STCP, na cidade do Porto”, bem como a “permanência do desequilíbrio económico-financeiro” e o “aumento do preço dos combustíveis”.

O documento refere ainda que no primeiro semestre deste ano foram contraídos dois empréstimos de médio e longo prazo, junto do Estado Português.

A rede de transportes é composta por 73 linhas, 69 operadas em modo autocarro e 3 em modo carro elétrico, servindo 2.491 paragens.


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