Açoriano Oriental
Prejuízo da CGD baixa para 171,5 ME em 2015
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) registou um resultado líquido negativo de 171,5 milhões de euros em 2015, uma recuperação significativa face ao prejuízo de 348 milhões de euros em 2014, informou o banco público.

Autor: Lusa/AO Online

 

"Eu gostava de salientar a significativa melhoria, quer na atividade doméstica, quer na atividade internacional. Essa recuperação ainda não chegou para apresentar resultados consolidados positivos, mas estamos muito próximos disso", afirmou José de Matos, presidente da CGD.

"Temos um banco que está a recuperar rapidamente a sua rentabilidade, está com uma boa liquidez e tem a sua operacionalidade sustentada", assinalou o gestor durante a conferência de imprensa de apresentação dos resultados de 2015.

Ainda sobre os resultados consolidados, José de Matos salientou que "houve uma melhoria de 176,5 milhões de euros", acrescentando que, "excluindo a venda dos seguros [resultado extraordinário obtido em 2014] e o Plano Horizonte [plano de reformas antecipadas lançado em 2015 e que se vai estender para 2016], a progressão positiva é de 519,6 milhões de euros".

O resultado antes de impostos e de interesses minoritários situou-se em -21,3 milhões de euros, o que representa uma melhoria de 212,2 milhões de euros face a 2014.

Já o resultado bruto de exploração cresceu 58,6% em termos homólogos para 649,7 milhões de euros, "refletindo os importantes contributos da banca comercial nacional e da atividade internacional", referiu o gestor.

"Estamos muito melhor do que aquilo que estávamos. Todas as nossas unidades internacionais estão a funcionar como um todo e a nossa presença internacional é neste momento um ativo único na banca portuguesa", realçou José de Matos.

Entre as operações internacionais da CGD, Macau (58,8 milhões de euros), França (43,3 milhões de euros), Angola (33,9 milhões de euros) e Espanha (25,3 milhões de euros) foram as que deram maior contributo para o lucro consolidado.

A sucursal de França é a grande novidade ao nível do lucro, já que no ano anterior (2014) tinha registado um prejuízo de 41,1 milhões de euros em grande parte devido ao impacto do colapso do Grupo Espírito Santo (GES).

A margem financeira alargada subiu 14,4% para quase 1,2 mil milhões de euros graças à forte redução do custo de financiamento (-21,5%), que mais do que compensou a redução de 11,4% sentida nos juros de operações ativas.

Já o produto da atividade bancária cresceu 17,5% para mais de 2 mil milhões de euros, impulsionado quer pela margem financeira, quer pelos resultados de operações financeiras.

As provisões e imparidades caíram quase 25% para 716,5 milhões de euros.

O crédito em risco baixou para 11,5%, com um grau de cobertura por imparidades de 63,9% no consolidado.

Os rácios 'common equity tier 1' (CET1) 'phased in' (em transição para as novas regras) e 'fully implemented' (totalmente implementados) alcançaram no final do ano passado, respetivamente, os 10,8% e os 10% (valores que comparam com os 11,1% e 10,2% em 2014).

 

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