Açoriano Oriental
Portugueses nos EUA ajudam vítimas de fogos da Madeira
Um grupo de imigrantes portugueses nos Estados Unidos da América (EUA) juntou-se para ajudar as vítimas dos fogos da Madeira através da delegação do arquipélago da Cruz Vermelha.
Portugueses nos EUA ajudam vítimas de fogos da Madeira

Autor: Lusa/AO online

 

"Algo tão simples para nós significa o mundo para quem perdeu tudo. Além do mais, os estrangeiros têm ordenados mais altos. Nós facilmente conseguimos dar 40 euros por um micro-ondas. É mais complicado pedir isso a um português que tira 500 euros ao final do mês", explicou à Lusa Joana Godinho, a responsável pela angariação de fundos.

Joana decidiu começar a angariação de fundos no início da semana, contatando amigos e instituições da comunidade portuguesa nos EUA, mas percebeu que as taxas de transferências internacionais eram um impedimento à ajuda.

"Para os estrangeiros há sempre um valor de transação que pode ir até 30 euros em cima do valor transferido. Eles também estão a aceitar bens para reequipar as casas dos desalojados e achei que ficaria mais fácil comprar qualquer bem desses pelo Continente ‘online’ e enviar para a Cruz vermelha", explicou a produtora de televisão.

A Cruz Vermelha aceitou a proposta e explicou que frigoríficos, fogões, micro-ondas, ferros de engomar, conjuntos de louça, roupas de cama e atoalhados eram os bens mais necessários.

Na quinta-feira, Joana Godinho criou uma página de Facebook, com o título "Vamos Ajudar a Madeira", e já várias compras foram feitas para ser entregues na Cruz Vermelha da Madeira.

"Nos EUA, aprendi o valor de dar de volta à nossa comunidade. Ajudar quem mais precisa, por pouco que seja, é uma lição que deveríamos partilhar com o mundo. Unidos somos mais fortes", disse Joana Godinho.

Hoje, na cidade do Funchal, mantêm-se as equipas de bombeiros em prevenção apenas para evitar reacendimentos, segundo fonte dos bombeiros locais.

No concelho da Calheta há ainda um foco ativo.

Os incêndios registados no concelho do Funchal provocaram três mortos e a destruição em edifícios públicos e privados avaliados em 55 milhões de euros.

As chamas obrigaram à evacuação de casas, hospitais, lares, hotéis e outros espaços.

As autoridades ainda estão a contabilizar danos e a definir formas de resolver os casos dos desalojados.

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