Autor: Lusa/AO online
"O Governo Português expressa a sua extrema preocupação com a decisão do governo israelita de autorizar a construção de 770 novas habitações no colonato de Gilo, em Jerusalém Oriental", afirma hoje o executivo num comunicado divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).
Para o executivo, este projeto "constitui um sério impedimento à contiguidade entre Jerusalém Oriental e o resto da Cisjordânia" e afeta "a viabilidade da solução de dois Estados" e representa "mais um obstáculo às perspetivas de paz e segurança para a região".
Portugal, acrescenta-se na nota, "apela a que as partes sigam as recentes recomendações do Quarteto, nomeadamente no que se refere à cessação da política de colonatos por parte de Israel".
O parlamento português aprovou no final de 2014 uma recomendação para que o Governo reconheça o Estado da Palestina.
Também os Estados Unidos já manifestaram "firme oposição" e "profunda preocupação" sobre a construção de novas casas em territórios ocupados por Israel em Jerusalém.
Por outro lado, a União Europeia também instou Israel a modificar a política de colonatos em Jerusalém oriental.