Açoriano Oriental
Portos dos Açores vai solicitar mais informações ao LNEC sobre agitação marítima na Horta

O presidente da Portos dos Açores, Rui Terra, revelou hoje que vai solicitar ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) mais informações sobre a agitação marítima no porto da Horta, antes de avançar com qualquer obra. 

Portos dos Açores vai solicitar mais informações ao LNEC sobre agitação marítima na Horta

Autor: Lusa/AO Online

“Há duas situações distintas que têm de ser avaliadas. A primeira são as perguntas que não foram feitas [relativamente ao estudo já concluído pelo LNEC]. A segunda são as perguntas que gostávamos de ver esclarecidas cabalmente, para tomar decisões que tenham um impacto estratégico para o porto da Horta”, explicou o administrador da empresa que gere os portos da região, relativamente ao estudo já elaborado pelo LNEC.

 Rui Terra referia-se, concretamente, à eventual influência que o molhe norte do porto da Horta (onde está situado o cais de passageiros) poderá ter na bacia sul (onde está situado o porto comercial), em matéria de agitação marítima.

 “Temos algumas questões que derivam da influência do molhe norte em tudo o que estava projetado para o molhe sul e para o interior da bacia”, adiantou o presidente da Portos dos Açores, frisando que é necessário dar “cabal resposta a essas perguntas”, antes de se avançar com qualquer obra.

 O novo administrador portuário, que tomou posse há cerca de dois meses, lembra também que não faz sentido avançar com a obra de requalificação do porto da Horta, tal como era proposta pelo anterior Governo socialista, só a pensar na ampliação da marina, que durante o verão não dá resposta ao número de iates que faz escala na ilha.

 “Resolvermos cerca de 20 lugares de estacionamento na marina e criarmos vários outros problemas de ordem técnica e de segurança, de certeza que não ia ser uma mais-valia para a comunidade em geral”, insistiu Rui Terra.

 O anterior Governo Regional, da responsabilidade do PS, tinha projetada uma obra de requalificação do porto da Horta, avaliada em mais de 17 milhões de euros, que incluía a ampliação da marina, a construção de um terrapleno para reparação naval e a criação de uma área apenas para embarcações de pesca.

 O projeto foi contestado por vários partidos políticos e deu origem a uma petição entregue na Assembleia Legislativa dos Açores, que se opunha à solução proposta pelo executivo, que solicitou, entretanto, ao LNEC um estudo, em modelo reduzido, sobre a agitação marítima no interior do porto.

O resultado do estudo foi conhecido em agosto e conclui que as obras projetadas para o porto da Horta, não iriam provocar um aumento significativo da agitação marítima.

 


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