Pichardo começou a época sem grande salto mas a cumprir
21 de fev. de 2022, 14:54
— Lusa/AO Online
Pichardo
saltou 16,57 metros à primeira tentativa, na Expocentro, em Pombal, sem
conseguir melhorar, com três nulos, mas assegurando o triunfo do
Benfica nesta prova, face aos 16,21 metros do também olímpico Tiago Luís
Pereira, do Sporting, que participou em simultâneo também no salto em
altura, concurso no qual também foi segundo, com 2,15 metros, a dois
centímetros do ‘encarnado’ Gerson Baldé.“Comecei
a época hoje, o maior objetivo era conquistar o máximo de pontos para a
equipa. Sabia que não ia sair um grande salto, porque estou na
pré-época, e estava preocupado com o resultado para a equipa, mas,
afinal, consegui ganhar”, afirmou Pichardo, em declarações à agência
Lusa, ressalvando ainda não estar “na forma que estava no verão
passado”.Na antecâmara para os Mundiais
‘indoor’, entre 18 e 20 de março, em Belgrado, e a uma semana dos
Campeonatos de Portugal em pista coberta, também em Pombal, os vários
atletas portugueses já qualificados praticamente limitaram-se a
assegurar o máximo de pontos para os respetivos clubes.Foi o caso de Patrícia Mamona, também no salto, com 13,77 metros no primeiro salto.“O
objetivo era dar os pontos ao Sporting, consegui fazê-lo logo no
primeiro salto. Depois tentei em saltar o mais possível, mas
infelizmente fiz nulos, mas foram nulos por pouco, para saltos acima dos
14 metros, o que me deu confiança. Eu quero saltar outra vez em Pombal,
para a semana, e fazer uma boa marca para chegar com mais confiança a
Belgrado”, explicou a atleta do Sporting.Também
nos 800 metros, Isaac Nader cumpriu a sua estratégia numa distância que
nem lhe agrada muito, apesar de o ajudar a preparar os 1.500 metros, e
para a qual tem marca de qualificação para os Mundiais.“A
estratégia era sair forte. Sabia que se saísse forte, ninguém se
chegaria perto e comprovou-se. Mas não deu mais do que oito pontos”,
afirmou Isaac Nader, do Benfica, depois de ter terminado a prova em
1.47,77 minutos, praticamente cinco segundos antes do segundo
classificado.Nos 60 metros barreiras, o
sportinguista Abdel Larrinaga aproveitou a prova para ganhar
“experiência, confiança e ritmo”, antevendo estar melhor “para a
semana”: “Hoje queria dar oito pontos, consegui. Tive um mês muito
puxado, com 20 provas, é muita coisa, daí tinha que sacar os pontos para
o clube que me apoia tanto e dar espetáculo”.Diferente
foi a abordagem do lançador do Benfica Tsanko Arnaudov e da velocista
do Sporting Cátia Azevedo, após terem estado infetados pelo coronavírus
responsável pela pandemia de covid-19.“Testei
positivo ao coronavírus há 20 dias, treinei cinco dias, e a sensação
que tenho é que lancei muito mais do que consegui, na realidade. Quero
voltar ao nível que tinha, mas, sinceramente, acho que foi o melhor
resultado possível face a estas dificuldades. O mais importante para mim
é a adaptação ao novo treinador [Paulo Reis], para ganhar novamente
confiança em mim para a obtenção de marcas”, explicou Tsanko Arnaudov,
que venceu o concurso do lançamento do peso, com 20,13 metros.Em
igual ‘timing’ de recuperação, Cátia Azevedo foi uma das vencedoras da
estafeta do Sporting nos 4x400 metros, em 3.45,73 minutos.“As
sensações foram quanto baste, não foram perfeitas. Estava num excelente
momento de forma. Os 52 segundos que tinha feito foram a apalpar
terreno, pelo que o indicativo era recorde nacional. Mas, com covid-19
pelo meio, tenho de ver como o corpo reage e ver se não tenho lesões de
fadiga física, porque o corpo foi muito abaixo. Acho que seria
precipitado apressar o processo para a semana, pelo que aponto para
estar bem melhor em Belgrado”, admitiu.Nos
29.ºs campeonatos nacionais de clubes de atletismo em pista coberta, em
Pombal, o Benfica somou o 11.º título masculino, contra 18 do Sporting,
enquanto as ‘leoas’ arrebataram o 27 cetro.