A companhia, fundada pelos norte-americanos Alysa Binder e Dan Wiesel, dois defensores dos animais, começou este serviço aéreo exclusivo para animais nas cidades norte-americanas de Nova Iorque, Washington, Chicago, Denver e Los Angeles.
Wiesel, presidente da empresa, afirmou, em comunicado, que "a maioria dos animais viajam no porão dos aviões e são tratados como se fossem mercadoria."
Esta experiência, na maioria dos casos, provoca medo e stresse aos animais e "pode causar-lhes danos físicos e emocionais e até a sua morte", pelo que Wiesel decidiu fundar a Pet Airways.
A sua cachorra Zoe, uma terrier Jack Russell, foi a inspiração de Wiesel para fundar a empresa em 2005, tendo levado cerca de quatro anos até iniciar o serviço, devido às exigências das autoridades federais da aviação civil norte-americana.
O preço por percurso é da ordem dos 250 dólares (177 euros), um valor semelhante ao que as companhias aéreas convencionais praticam.
De acordo com a Associação norte-americana de Animais, 76 milhões de cães e gatos acompanham os donos nas suas viagens mas, apesar do número ser elevado, muito poucos são levados em viagens de avião, devido às condições em que são transportados.
"Muitas companhias aéreas permitem que os animais pequenos viagem debaixo dos assentos dos passageiros. Os maiores têm de ir como mercadoria e muitas (empresas) tratam-nos como se o fossem", afirmou Wiesel.
Algumas companhias norte-americanas anunciaram recentemente que não aceitam transportar animais nos seus aviões quando as temperaturas estão abaixo dos 7ºC ou acima dos 29ºC, o que corresponde aos períodos de férias, em que a procura é maior.
O calor é a causa de morte mais comum dos animais em viagem de avião, afirmou a Pet Airways, citando os serviços norte-americanos de inspecção de animais, plantas e saúde.
A Pet Airways recordou que, segundo dados da Sociedade Protectora dos Animais de São Francisco, nos Estados Unidos, dos dois milhões de animais que viajam por ano em aviões, cinco mil saem feridos.
Nesta companhia, todos os animais podem viajar sozinhos ou com os seus donos na cabine e são cuidados por assistentes de voo que lhes trazem água e comida, tratando também dos cuidados higiénicos de que precisem.
