Açoriano Oriental
Pescadores dos Açores podem candidatar-se a compensações para sobrecustos da atividade
O presidente do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro, anunciou hoje que os pescadores da região já se podem candidatar ao Plano de Compensação dos Sobrecustos das Pescas nos Açores (POSEI-Pescas), com uma verba de oito milhões de euros
Pescadores dos Açores podem candidatar-se a compensações para sobrecustos da atividade

Autor: LUSA/AO online

"Foi hoje publicada a portaria que estabelece essa possibilidade de candidatura”, afirmou aos jornalistas Vasco Cordeiro, na Madalena, no Pico, após uma reunião com a Associação de Armadores da Pesca Artesanal e pescadores da ilha, no âmbito da visita estatutária que hoje termina.

Segundo o presidente do Governo Regional, a publicação da portaria vai permitir “recuperar verbas relativas a 2014 e 2015 que, até ao momento, não foi possível pagar pelo atraso que em Bruxelas se verificou na aprovação do FEAM (Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas)”.

“Nós agora estamos já a entrar em fase cruzeiro, isso permitirá uma entrada de cerca de oito milhões de euros no setor, fruto desses pagamentos do POSEI relativos” àqueles dois anos, salientou Vasco Cordeiro.

Segundo informação do Governo Regional, “foi possível negociar um aumento superior a 50% do envelope anual do POSEI-Pescas para os Açores, que passou de 2,9 milhões de euros anuais no período 2007-2013 para cerca de 4,4 milhões de euros no período 2014-2020”.

“No total, no período 2014-2020, o setor vai beneficiar de um envelope financeiro de cerca de 30,7 milhões de euros inteiramente destinado a compensar os sobrecustos desta atividade”, refere o executivo.

José António Fernandes, da Associação de Armadores da Pesca Artesanal, informou que “o descontentamento na pesca no Pico e em quase todas as ilhas é generalizado”.

“Sabemos que o futuro da pesca está preso por uns fios muito fracos. É só vermos os rendimentos cada vez mais baixos e as imposições cada vez maiores”, disse o dirigente associativo, assinalando que basta este verão “ser um mau ano de atum e bonito para que veja muita gente a ir à falência”.

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