Autor: Lusa
No parlamento, em reação ao discurso da tomada de posse de Marcelo Rebelo de Sousa como Presidente da República, Jerónimo de Sousa afirmou que o novo chefe de Estado, "tal como era expectável, não está na disponibilidade de encetar qualquer processo de rutura" com os constrangimentos de Portugal, considerando ser de continuidade a sua política externa.
"Foi um discurso que faz um esforço para ir ao encontro daquilo que são preocupações da maioria dos portugueses com o seu futuro, vidas, direitos. Mas sobra sempre uma questão central: como é que se efetiva, como é que se concretizam essas aspirações que no nosso povo tem?", questionou.
Na opinião do secretário-geral comunista, "não basta ter boas intenções, é preciso uma prática", considerando que a "prática é a mãe de todas as coisas", recordando que houve uma referência em relação ao anterior Presidente da República da valorização da defesa do Mar, o mesmo que "noutro tempo privatizou e destruiu a nossa marinha mercante ou a nossa indústria naval".
"A forma de sarar as feridas é encetar outra política diferente daquela que foi seguida durante estes últimos anos. Talvez o Presidente não estivesse a pensar nisso, mas para nós importante era sarar as feridas em relação àqueles que viram as suas vidas destruídas", respondeu ainda.
A partir de agora, segundo Jerónimo, "as relações serão no plano institucional, com todo o respeito que isso merece".
"Queria fazer uma nota em relação não só ao juramento que fez, mas à forma como afirmou defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República. É um juramento perante milhões de portugueses que com certeza vão julgar do seu mandato", alertou ainda.
O líder comunista garantiu que da parte do PCP "há sempre consensos e convergências naquilo que é de convergir e de consensualizar", mas que é preciso definir em torno de que são estes consensos e convergências.
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