Açoriano Oriental
Passivo do grupo autárquico de Ponta Delgada diminui 7,2 ME
O presidente da Câmara de Ponta Delgada anunciou hoje que o passivo do grupo autárquico que inclui o município e três empresas foi de 110 milhões de euros em 2015, menos 7,2 milhões de euros do que em 2014.
Passivo do grupo autárquico de Ponta Delgada diminui 7,2 ME

Autor: Lusa/AO Online

Na reunião da Assembleia Municipal, que se realizou nas Sete Cidades e na qual foi aprovada a prestação de contas consolidadas, José Manuel Bolieiro explicou que “as contas do grupo autárquico de Ponta Delgada relativas a 2015 apresentam uma diminuição de 6,12% no passivo que se deve, essencialmente, à redução da dívida do grupo à banca, mas também à diminuição das dívidas a fornecedores e outros credores”.

O autarca social-democrata adiantou que o passivo bancário diminuiu no município 2,9 milhões de euros e no setor empresarial local quase meio milhão de euros, comparativamente a 2014.

“O passivo global do setor empresarial local diminuiu cerca de um milhão de euros face a 2014”, adiantou José Manuel Bolieiro, referindo que na empresa municipal Cidade em Ação essa redução foi de 565 mil euros, no Azores Parque 327 mil euros e no Coliseu Micaelense cerca de 113 mil euros.

A Cidade em Ação gere equipamentos urbanos, o Azores Parque, além do parque empresarial, tem um ninho de empresas, enquanto o Coliseu Micaelense é uma sala de espetáculos e já integrou a empresa Anima.

Na demonstração de resultados do grupo, os proveitos ascenderam a 44,6 milhões de euros, (aumento de 583.307,74 euros) relativamente a 2014.

O resultado líquido do exercício foi de 966.511,91 euros, “o que representa um aumento de 20,74%, face a 2014”, assinalou o autarca social-democrata.

“Na estrutura de custos, o peso dos custos com o pessoal foi de 39,4% (40,60% em 2014), das amortizações do exercício 31,7% (30,40% em 2014) e dos fornecimentos e serviços externos 18,6% (18,5% em 2014)”, informou.

Já na estrutura de proveitos, “o peso das transferências e subsídios obtidos é de 35,46% (33,8% em 2014) e dos impostos e taxas 29,86% (31,8% em 2014) são as rubricas com maior expressão nos proveitos operacionais”.

José Manuel Bolieiro acrescentou que “o grupo municipal tem ativos capazes de produzir meios líquidos financeiros para fazer face às responsabilidades de curto prazo” e que “está estável financeiramente”.

Para André Carvalho, do PS, “é notório que a gestão das empresas municipais e que as opções de um passado não muito distante condicionam a gestão camarária”.

Segundo o socialista, “a autarquia gere apenas o dia-a-dia e tem falta de liquidez para situações de emergência”, pelo que “a redução do passivo é feita “essencialmente à custa da Câmara Municipal, com efeitos negativos no investimento do concelho”, que é inexistente.

O PS insiste na necessidade de uma “rápida internalização das empresas Coliseu Micaelense e Cidade em Ação”.

O partido defende, para uma melhor proteção dos futuros encargos dos munícipes, a apresentação, quanto antes, "de um pedido de insolvência da empresa Azores Parque”, para que “a responsabilidade da autarquia se fique pelos 67% de quota que detém neste momento e não mais”.

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