Açoriano Oriental
Papa e Trudeau falam sobre Médio Oriente e liberdade religiosa
O papa Francisco recebeu, pela primeira vez, o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, e abordaram vários temas, como o Médio Oriente, o terrorismo e a liberdade religiosa, informou o Vaticano.
Papa e Trudeau falam sobre Médio Oriente e liberdade religiosa

Autor: Lusa/Açoriano Oriental

Francisco e Trudeau analisaram alguns dos resultados da cimeira do G-7 (composto por Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Japão, Itália, França e Canadá), que decorreu neste fim de semana em Taormina, na Sicília, em Itália.

Ambos falaram especialmente das zonas de conflito no Médio Oriente, nomeadamente do acordo, saído da cimeira do G-7, para um aumento dos esforços no combate ao grupo radical Estado Islâmico e ao pedido à Rússia e ao Irão para intercederem junto do Governo da Síria para a pacificação do país.

O papa e Trudeau sublinharam no encontro “as boas relações bilaterais entre o Vaticano e o Canadá e a contribuição da Igreja Católica na vida social do país”.

Ambos os líderes conversaram sobre temas como a liberdade religiosa, a integração e “sobre as atuais problemáticas éticas”.

Francisco e Justin Trudeau terão ainda conversado sobre a antiga política de assimilação praticada no Canadá em relação às populações nativas, na qual a Igreja Católica teve participação ativa.

No Canadá, 150.000 crianças ameríndias, mestiças e Inuit foram forçadas a matricularem-se em 139 internatos dirigidos pelas comunidades religiosas, em nome do Governo canadiano. Muitas delas foram submetidas a vários tipos de abuso, inclusivamente abuso sexual.

O primeiro-ministro terá pedido ao papa para ir ao Canadá pedir desculpas às vítimas aborígenes. Esta solicitação está entre as várias recomendações feitas, nos finais de 2015, pela Comissão de Verdade e Reconciliação do Canadá, que ouviu milhares de ex-alunos durante seis anos.

Justin Trudeau já apresentou às populações autóctones as mais "sinceras desculpas" e pediu "perdão" em nome do Governo do Canadá.

Depois da reunião com o papa, manteve reuniões com o secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, e com o secretário para as Relações com os Estados, Paul Richard Gallagher.

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