Açoriano Oriental
Palestina condena decisão dos EUA e pede apoio internacional para os refugiados

A Palestina pediu na sexta-feira à comunidade internacional que forneça "todo o apoio possível" à agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos (UNRWA), depois dos Estados Unidos anunciarem que vão deixar de a financiar.

Palestina condena decisão dos EUA e pede apoio internacional para os refugiados

Autor: Lusa/Ao online

Em comunicado, o secretário-geral da Organização de Libertação da Palestina (OLP), Saeb Erekat, afirmou "rejeitar e condenar a decisão dos Estados Unidos na sua totalidade" e pediu aos países de todo o mundo que façam o mesmo e "forneçam todo o apoio possível" à UNRWA.

A agência da ONU também reagiu rapidamente através do porta-voz, Chris Gunness, que expressou na sua conta oficial de rede Twitter um "pesar profundo" e um sentimento de "deceção".

"Esta decisão é ainda mais surpreendente, dado que a UNRWA e os Estados Unidos renovaram um acordo de financiamento em dezembro de 2017, depois do país reconhecer a gestão bem sucedida, dedicada e profissional da agência".

Na sexta-feira, Washington anunciou que os EUA não irão financiar mais a UNRWA, "uma "operação irremediavelmente tendenciosa", segundo o porta-voz do departamento de Estado norte-americano, Heather Nauert.

No final de 2017, a decisão de Donald Trump de reconhecer unilateralmente Jerusalém como a capital de Israel no final de 2017 foi mal recebida pelos palestinianos.

Os líderes palestinianos imediatamente cortaram o contacto com Washington, negando-lhe qualquer papel como mediador no processo de paz com Israel, apesar das ambições do Presidente norte-americano.

Em resposta, os Estados Unidos anunciaram no final de janeiro que condicionaria o pagamento da ajuda até ao retorno dos palestinianos à mesa de negociações.

Em primeiro lugar, no início de 2018, apenas 60 milhões de dólares foram pagos à UNRWA, em comparação aos 350 milhões no ano anterior.

Esta decisão, juntamente com uma "revisão" de qualquer contribuição adicional, já havia provocado uma crise na agência da ONU, que ajuda mais de três milhões de palestinianos dos cinco milhões registados como refugiados, mas a agência é acusada de ser “anti-Israel” pelo Governo dos Estados Unidos.



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