Autor: Lusa/Açoriano Oriental
O novo hotel, que se vai chamar Hotel Oporto Wine & Books, vai ter seis pisos acima do solo e dois pisos abaixo da cota da soleira, e uma volumetria de 11 mil metros quadrados, lê-se no “Aviso” afixado junto à obra e cujo titular do alvará é a Worldlounge, Lda.
A área de implementação é de 832 metros quadrados e tem um prazo de conclusão de obras estimado em três anos.
Pedro Costa, administrador da Vidamar Resorts, marca criada depois da insolvência do grupo Carlos Saraiva e que vai explorar o Hotel Oporto Wine & Books, confirmou hoje à agência Lusa que o projeto está licenciado para a edificação de um “hotel de cinco estrelas com 60 quartos” e que vai nascer no Largo do Moinho de Vento.
Segundo o historiador local Germano Silva, a história do edifício é “nebulosa”, mas sabe-se que na segunda metade do século VXIII, em 1862, pertenceu a Armando Artur Ferreira de Seabra da Mota Silva, da burguesia portuense da época.
Em meados do século XIX, o palacete secular esteve para ser expropriado pela Câmara do Porto, por alturas em que a autarquia andava a abrir a rua hoje batizada de José Falcão.
“Só não foi expropriado, porque o traçado da rua foi alterado”, conta Germano Silva, recordando que o edifício se distinguia pelos painéis de azulejos.
Em finais do século XIX, o palacete, que chegou a ser uma padaria e armazém de fazendas, pertencia a Artur Augusto de Albuquerque Seabra, professor de matemática e antigo jornalista que pertenceu à Associação de Jornalistas e Homens de Letras do Porto.
A construtora espanhola Sanjose foi a empresa que recebeu a adjudicação da Worldlounge Lda – Hoteis com restaurante para executar “primeira fase das obras do Hotel Oporto Wine & Books, lê-se na página da Internet daquela empresa.