Açoriano Oriental
Países bálticos vão pedir milhares de tropas à NATO
Os países bálticos vão pedir formalmente à NATO o destacamento de milhares de tropas para uma missão de dissuasão, dada "a situação de segurança na região", anunciou um porta-voz militar lituano, referindo-se à tensão com a Rússia.

Autor: Lusa/AO online

 

"Pretendemos uma unidade do tamanho de uma brigada para que cada um dos países bálticos tenha um batalhão", disse o porta-voz militar Mindaugas Neimontas à agência France Presse.

O objetivo é dispor de "forças permanentes rotativas" da NATO como "medida de dissuasão dada a situação de segurança na região", marcada por tensões entre os três países bálticos, todos ex-repúblicas soviéticas, e a Rússia desde o início do conflito na Ucrânia.

O pedido formal vai ser enviado em breve pelos chefes das Forças Armadas da Lituânia, Estónia e Letónia ao comandante das forças da NATO na Europa, o general norte-americano Philip Breedlove, precisou.

Em Antalya (Turquia), onde hoje terminou uma reunião informal de ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO, o secretário-geral da organização, Jens Stoltenberg, disse à imprensa saber da intenção, mas considerou prematuro fazer qualquer avaliação neste momento.

"Quando recebermos a carta vamos analisá-la cuidadosamente e avaliar as propostas que contiver", disse Stoltenberg, acrescentando que a NATO já tomou medidas para defender a segurança dos países bálticos, como o aumento da presença naval e aérea.

"O nosso objetivo principal neste momento é a implementação das decisões que já tomámos", acrescentou.

Alguns dos aliados europeus têm manifestado reservas quanto a uma presença militar aliada substancial nos bálticos, por considerarem que pode violar o acordo de 1997 entre a Aliança Atlântica e a Rússia.

Segundo fontes da NATO, a organização prefere apostar na força de intervenção rápida aprovada em novembro de 2014, capaz de ser rapidamente destacada para crises que surjam a leste ou a sul, em vez de numa presença permanente no leste europeu.

Estónia, Letónia e Lituânia têm-se queixado de um aumento da atividade militar na região na sequência do conflito na Ucrânia, incluindo voos de aviões militares russos com os emissores desligados, que colocam em risco a aviação civil.

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