Açoriano Oriental
Ordem dos Enfermeiros apoia greve, mas acredita em acordo com o governo

A Ordem dos Enfermeiros (OE) apoia a greve convocada pelos sindicatos do setor, mas acredita que essas estruturas e o governo se vão entender entretanto, disse à Lusa a bastonária da Ordem, Ana Rita Cavaco.

Ordem dos Enfermeiros apoia greve, mas acredita em acordo com o governo

Autor: Lusa/AO Online

Quatro sindicatos de enfermeiros anunciaram uma greve nacional para os dias 20 e 21 de setembro, uma greve apoiada também pelos dois outros sindicatos que não estiveram na conferência de imprensa em que foi anunciada a paralisação.

Os seis sindicatos estiveram reunidos com Ana Rita Cavaco e os seis, disse a responsável, se por um lado estão decididos a fazer a greve também estão disponíveis para uma “mesa negocial” com o Ministério da Saúde, que é o que a OE defende.

“Uma mesa negocial torna o processo muito mais fácil, o que queremos é que o processo de revisão da carreira seja célere”, disse Ana Rita Cavaco, acrescentando que a OE apoia a greve mas também está convicta de que ela não se vai realizar porque o ministro da Saúde “vai apresentar uma proposta”.

Após uma longa reunião com a seis estruturas sindicais, a bastonária reforçou, em declarações à Lusa, “que o interesse da OE era perceber se os seis sindicatos estão disponíveis para uma negociação conjunta e os seis disseram que estão disponíveis”, disse Ana Rita Cavaco, salientando que assim o governo os pode convocar a todos em simultâneo.

“A OE pediu aos sindicatos para que não se esqueçam dos que estão nos privados e no setor social”, disse também a bastonária à Lusa.

Os seis sindicatos dos enfermeiros tinham uma reunião marcada para quarta-feira para analisar uma possível proposta do governo às exigências dos sindicatos, mas o executivo não deu qualquer resposta, pelo que da reunião, como os sindicatos já tinham anunciado, saiu um calendário de greves, a primeira a 20 e 21 de setembro.

Em termos gerais os sindicatos querem que o salário mínimo para os enfermeiros se situe nos 1.600 euros mensais, que esteja contemplada a perspetiva de se chegar ao topo da carreira técnica superior, que não haja deterioração de salários, que se valorize o trabalho especializado e que se crie uma categoria na área da gestão, e que melhorem as condições de aposentação.


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