Açoriano Oriental
Assembleia da República
Oposição pede medidas alternativas de apoio ao emprego
Os partidos da oposição criticaram hoje os resultados “desastrosos” da Iniciativa Emprego 2009, salientando a urgência em adoptar medidas alternativas para este ano, enquanto a ministra do Trabalho vincou que este programa permitiu apoiar 300 mil desempregados.

Autor: Lusa / AO online
A encerrar a interpelação sobre desemprego do seu partido ao executivo socialista, o líder parlamentar democrata-cristão, Pedro Mota Soares, defendeu que “o país não pode ficar à espera de uma resposta que tem sido adiada” relativamente ao aumento do desemprego.

Já a responsável pela pasta do Trabalho, Helena André, disse que “a semântica e os números são muito importantes” e ironizou, ao dizer que no Parlamento “nem todos fazem as contas da mesma maneira”.

O secretário de Estado Adjunto, da Indústria e do Desenvolvimento, Fernando Medina, também interveio no debate para garantir que os estímulos à economia e os apoios públicos irão manter-se e assinalar que o Orçamento para 2010 vai representar uma “aposta e um reforço do investimento público e um apoio ao aumento do investimento privado, para assegurar a criação de emprego”.

Pelo PSD, a deputada Maria das Mercês Borges exigiu ao Governo a publicação de “indicadores periódicos” sobre a Iniciativa Emprego 2010, para que seja possível realizar uma “monitorização permanente”.

O deputado José Moura Soeiro, do BE, apelidou Helena André de “senhora ministra do pleno emprego” e ironizou sobre a “generosidade da protecção social” do Governo, destacando entre 2001 e 2005 “o Estado gastava 400 euros” com o subsídio de desemprego e hoje, “no auge da crise, gasta cerca de 300”.

A bancada do PCP, pela voz do seu deputado José Soeiro, pediu ao Governo para “pôr os olhos na realidade”, acusando-o de “canalizar a produção portuguesa para os bancos”.
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