Autor: Lusa/AO online
"A ONU deve assumir uma liderança forte na Líbia, se continuarmos a manter vários mediadores não iremos conseguir resultados", disse Alfano numa conferência de imprensa conjunta com o enviado especial da ONU para a Líbia, Ghassan Salamé, no final de uma reunião entre ambos em Roma.
O chefe da diplomacia italiana considerou que estabilizar a Líbia "é uma prioridade absoluta", devendo fazer parte da agenda internacional.
Ghassan Salamé declarou, por seu turno, que "o povo sírio merece um presente e um futuro", considerando essencial que a comunidade internacional ajude na construção de "um governo e uma autoridade política reconhecida, segura e estável".
O representante das Nações Unidas defendeu um intenso diálogo com todas as partes envolvidas.
A Líbia é um Estado falhado e em guerra civil desde há seis anos, quando rebeldes apoiados pela NATO derrubaram o regime de Muammar Kadhafi, no poder desde 1969.
Fayez al-Sarraj, o líder do governo reconhecido internacionalmente, e o homem forte do leste, Khalifa Haftar, que domina cerca de 60% do território e importantes recursos petrolíferos, comprometeram-se há duas semanas a tentarem restabelecer a ordem na Líbia.
A estabilidade na Líbia é essencial para gerir e conter o fluxo migratório para a Europa, assinalou Alfano, adiantando que, com esse objetivo e além de apoiar a mediação da ONU, a Itália está a realizar ações de formação de guardas costeiros líbios e envia navios militares para as costas líbias para combater o tráfico de migrantes.