Açoriano Oriental
Observatório alerta para mudanças na forma de consumir jornais
Os consumidores de jornais ganharam poder negocial e, além de leitores, começam também a ser comentadores, revisores, mediadores e ocasionalmente cidadãos repórter, defende o relatório de abril do Observatório da Comunicação (Obercom).

Autor: Lusa/AO Online

Com a chegada da era digital, os comentários do leitor não são conhecidos apenas por quem o rodeia, mas atinge todos os que lerem a mesma notícia na Internet, refere o relatório, adiantando que este novo comportamento altera os hábitos de consumo de informação.

Esta mudança é mais significativa ainda numa altura em que as vendas de jornais estão a cair em muitas zonas geográficas do mundo e sobretudo nos países desenvolvidos.

Para lidar com esta alteração os autores do relatório (Gustavo Cardoso, presidente do Obercom, Jorge Vieira e Sandro Mendonça), consideram ser necessário equacionar não apenas a imprensa escrita, mas sim os conteúdos noticiosos como um todo integrado.

Segundo adiantam, as empresas de notícias, sobretudo ao nível das redações, sentir-se-ão pressionadas a transformarem-se em verdadeiras agências noticiosas ou jornais em rede.

Este é o caminho, defendem os autores no relatório, refereindo que envolve a transformação das empresas de jornais em empresas de comunicação em rede com produtos que "combinam texto, imagem em movimento e som em conjunto com marcas já reconhecidas ou marcas ainda não instituídas".

"O objetivo subjacente a esta estratégia é a obtenção de um cabaz de receitas de diferentes origens", explicam.

Já relativamente ao pagamento de conteúdos on-line, o relatório refere que as pesquisas demonstram que há consumidores dispostos a pagar pela informação, mas ainda não há conclusões sobre a melhor forma de o fazer.

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