Açoriano Oriental
Obras do Parque de Ciência da ilha Terceira com conclusão prevista para 2018
As obras do Parque de Ciência e Tecnologia da Ilha Terceira, nos Açores, devem estar concluídas em fevereiro de 2018, com um investimento superior a 8,2 milhões de euros, cofinanciado por fundos comunitários, foi hoje anunciado
Obras do Parque de Ciência da ilha Terceira com conclusão prevista para 2018

Autor: LUSA/AO online

O presidente do Governo regional dos Açores participou hoje na cerimónia de lançamento da primeira pedra da obra, que irá recuperar as antigas instalações da Universidade dos Açores, na freguesia da Terra Chã, em Angra do Heroísmo, onde inicialmente funcionou um hospital militar.

"Este é um primeiro passo, porventura aquele que mais diretamente tem a ver com a componente pública, mas há agora um caminho que se abre, que tem a ver com a nossa universidade, que tem a ver também com as nossas empresas, com o facto de elas acreditarem e porem em prática uma postura que possa alicerçar-se na inovação, no conhecimento para a criação de riqueza e para a criação de emprego", salientou Vasco Cordeiro.

A obra, que tem um prazo de execução de 18 meses, era uma promessa do anterior Governo Regional, também do PS.

Em 2009, o então secretário regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos, José Contente, disse que o Parque de Ciência e Tecnologia deveria estar concluído até ao final da legislatura (2012).

Para o presidente do executivo açoriano, as novas instalações poderão atrair "interesse externo" para dar "maior massa crítica" às áreas da biotecnologia e da indústria agroalimentar nos Açores, mas o edifício, só por si, não é suficiente para alcançar os objetivos traçados.

"Se formos capazes todos de, a par da construção desta infraestrutura, gerarmos este clima de parceria forte entre o tecido empresarial da região e a nossa universidade, entre o tecido empresarial da região e este parque de ciência e tecnologia e todos aqueles que nele trabalharem, teremos condições acrescidas para reforçar a nossa competitividade", frisou.

O Parque de Ciência e Tecnologia da Ilha Terceira (TERINOV) contempla uma zona para incubação de empresas, seis espaços destinados a indústrias culturais e criativas, oito espaços para empresas existentes, duas alas de laboratórios de investigação e desenvolvimento para a indústria agroalimentar, e laboratórios de investigação e desenvolvimento para biotecnologia.

O espaço inclui, ainda, um laboratório para produtos lácteos, que funcionará como uma pequena fábrica, com espaços para recolha de leite e produção de queijo e derivados, bem como salas de cura, de refrigeração e de embalagem.

O TERINOV vai acolher, também, o Centro de Biotecnologia dos Açores, que continuou a funcionar nas instalações, apesar de degradadas, após a mudança da Universidade dos Açores para um novo edifício.

"Sem inovação, sem tecnologia, estamos condenados a ter produtos de baixo valor acrescentado. Portanto, este edifício servirá, pelo menos, para que se consigam ter produtos de alto valor acrescentado", afirmou Artur Machado, diretor do centro, aos jornalistas.

O Centro de Biotecnologia dos Açores, que conta atualmente com dez investigadores na ilha Terceira e 12 em São Miguel, colabora já com algumas empresas, mas a integração num parque tecnológico poderá potenciar essas parcerias, na opinião de Artur Machado.

"Temos de ter em conta também que o tecido empresarial dos Açores é pequeno. As empresas não têm grande pujança. É uma coisa que se tem de ir construindo e alicerçando passo a passo. Parte da nossa investigação é uma investigação que é aplicável", frisou.

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