Açoriano Oriental
"O caso Spotlight" ganha Óscar de melhor filme e DiCaprio o de melhor ator
O filme "O caso Spotlight" ganhou o Óscar deste ano de melhor filme, enquanto o ator Leonardo DiCaprio conseguiu a primeira estatueta da sua carreira pelo seu papel em "O renascido".
"O caso Spotlight" ganha Óscar de melhor filme e DiCaprio o de melhor ator

Autor: Lusa/AO Online

Já o Óscar de melhor atriz principal foi para a norte-americana Brie Larson, pela sua interpretação em "O quarto".

O mexicano Alejandro González Iñárritu ganhou o Óscar de melhor realizador por "O renascido" na 88.ª edição dos prémios de cinema dos Estados Unidos, conquistando o galardão pelo segundo ano consecutivo.

"O caso Spotlight", do realizador Tom McCarthy, ganhou também o Óscar de melhor argumento original, mas "Mad Max: Estrada da fúria" e "O renascido" foram os filmes que recolheram mais estatuetas, com seis e três galardões, respetivamente.

O filme "O caso Spotlight" relata a investigação jornalística do Boston Globe que revelou os abusos sexuais de menores na Igreja Católica de Boston, Estados Unidos.

No discurso em que agradeceu a distinção, McCarthy disse que o filme "deu voz" aos sobreviventes daqueles abusos.

"Mad Max: Estrada da fúria", o filme que ganhou mais Óscares este ano, recolheu os galardões de melhor guarda-roupa, maquilhagem, ‘design’ de produção, montagem, edição de som e mistura de som.

O filme mais nomeado, "O renascido", ficou com os Óscares de melhor realizador (Alejandro González Iñárritu), melhor ator (Leonardo DiCAprio) e melhor fotografia (Emmanuel 'El Chivo' Lubezki).

Iñárritu foi assim considerado o melhor realizador pela Academia de Hollywood pelo segundo ano consecutivo, depois de no ano passado ter conseguido o mesmo Óscar por "Birdman".

Já DiCaprio conseguiu o seu primeiro Óscar após seis.

O ator dedicou o prémio ao coprotagonista de "O renascido", Tom Hardy, e a Alejandro González Iñárritu.

DiCaprio deixou ainda um apelo à defesa do ambiente quando agradeceu o prémio e pediu a proteção "dos indígenas" e "das pessoas sem privilégios" e "sem voz".

A sueca Alicia Vikander e o britânico Mark Rylance ganharam os Óscares de melhor atriz e ator secundários, respetivamente, por os seus papéis em "O Quarto" e "A ponte dos espiões".

"Divertida-mente" foi considerado o melhor filme de animação e o húngaro "O filho de Saul" o melhor estrangeiro (de língua não inglesa".

O italiano Ennio Morricone ganhou, aos 87 anos, o seu primeiro Óscar, pela banda sonora de "Os oito odiados".

"A queda de Wall Street" ficou com a estatueta de melhor guião adaptado.

A 88.ª edição dos Óscares ficou marcada pela crítica à falta de diversidade étnica entre os nomeados.

A questão esteve presente na cerimónia de entrega dos prémios, que arrancou com o apresentador, Chris Rock, a fazer piadas sobre a falta de diversidade racial dos nomeados.

Chris Rock deu as boas-vindas à cerimónia dos Óscares, no domingo à noite em Los Angeles (madrugada de hoje em Lisboa), acrescentando que é "também conhecida como os prémios das pessoas brancas".

"Se eles também nomeassem os apresentadores, eu não teria trabalho", acrescentou o humorista e ator afro-americano.

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