Autor: Lusa/AO online
O líder do BCE, que falava na conferência de imprensa após a reunião do conselho de governadores da instituição onde anunciou também o novo programa de compra de dívida soberana no mercado secundário, foi questionado diretamente pelos jornalistas sobre se o novo programa estaria operacional e pronto a comprar dívida pública de Portugal e da Irlanda imediatamente, e de Espanha no final do mês.
Na resposta, o presidente do BCE sublinhou que está nas mãos dos respetivos governos mas que a dívida destes países é elegível para efeitos deste programa, mas que tal só acontecerá “quando tentarem recuperar acesso ao mercado de dívida”, que no caso de Portugal, sem o apoio completo da ‘troika’, está previsto para o setembro de 2013.
Portugal tem feito emissões no mercado a curto prazo durante o período de vigência do programa, mas o grande teste chegará em setembro de 2013 quando tem de refinanciar uma linha de Obrigações do Tesouro (OT) que expira nesse mês, criada em 1998 e com um saldo vivo de 9,6 mil milhões de euros atualmente.
O refinanciamento desta linha de OT será a primeira sem o total apoio da ‘troika’, composta pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), Comissão Europeia e Banco Central Europeu.