Açoriano Oriental
Novo contrato colectivo de trabalho dos jogadores deve entrar em vigor na próxima época
O novo contrato colectivo de trabalho que regulamenta as relações entre os futebolistas e os clubes começou hoje a ser revisto, no Porto, e deve entrar em vigor já na época 2008/09.

Autor: Lusa / AO online
    A Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) e o Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJFP) juntaram-se hoje no Porto para constituir a comissão e a metodologia de trabalho tendo em vista a alteração do documento, que data de 1998.

    A comissão - composta por Joaquim Evangelista e João Nogueira, do SJPF, e Andreia Couto e Orlando de Carvalho, da Liga - vai reunir quinzenal e alternadamente entre Porto e Lisboa com o próximo encontro a decorrer a 29 de Outubro na capital, na sede do Sindicato dos Jogadores às 15:00.

    De acordo com Joaquim Evangelista, “em cada reunião será analisado um capítulo do contrato colectivo de trabalho, com o objectivo de se chegar a um consenso”.

    Os artigos que merecerem discordância “ficarão de lado e serão objecto de uma análise mais exaustiva, em que serão convidados a participar os autores dos pareceres, os catedráticos Júlio Gomes (pela Liga) e João Leal Amado (pelo sindicato", referiu.

    O líder do Sindicato afirmou que o incumprimento salarial pode vir a ser objecto de regulamentação - "os prazos de pagamento e os procedimentos face ao incumprimento" - e garantiu que a instituição que representa não tem qualquer "intransigência" no início deste processo negocial: "os interesses dos jogadores podem ser acautelados através da cedência para obter uma troca ainda mais útil".

    "Trata-se de um passo importante da relações jogadores/clubes. Regula relações, direitos e obrigações das partes. Estamos no bom caminho. Na próxima época será possível ter um novo diploma mais equilibrado", vincou.

    Segundo o dirigente, as alterações ao contrato colectivo de trabalho dos futebolistas justifica-se pelas mudanças no plano internacional com a jurisprudência do tribunal europeu e novas directivas da própria FIFA, bem como pelo novo código do trabalho português e o "caso" Zé Tó, entre outros.
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