Autor: Lusa / AO online
Franco Siddi, da FNSI, que promoveu o “dia de silêncio”, assegurou que a de sexta-feira foi “a greve com maior participação dos últimos 15 anos”, com “mais de 90 por cento das televisões, jornais, rádios e agências de notícias”, em declarações divulgadas hoje pelo diário La Repubblica.
“A adesão foi muito alta”, disse, adiantando que mesmo os media que decidiram não suspender a atividade expressaram a sua oposição à lei, que considerou “errada”.
A legislação contestada pretende limitar a utilização das escutas telefónicas nas investigações policiais e prevê a punição, incluindo a pena de prisão, para os jornalistas que publiquem o seu conteúdo.
A paralisação dos media italianos foi precedida de várias manifestações de protesto, como as que ocorreram no dia 01 de julho em 22 cidades italianas, onde milhares de pessoas saíram à rua para dizer “não” à nova lei, que está ainda a aguardar o debate final no Parlamento italiano.
O diploma prevê, por exemplo, 30 dias de prisão e sanções até 10 mil euros para os jornalistas que publiquem as escutas durante as investigações ou de processos em segredo de justiça e multas até 450 mil euros para os editores que o permitam.
A lei limita ainda a 75 dias o tempo que podem durar as escutas durante as investigações policiais.