Autor: Lusa/AO Online
A nova tentativa pretendia serrar com a ajuda de robôs submarinos os tubos ligados à parte superior de um sistema de prevenção de explosões, um aparatoso conjunto de válvulas que não conseguiu selar o poço como deveria quando ocorreu o acidente com a plataforma petrolífera operada pela BP, a 20 de abril.
A guarda costeira afirmou hoje que a serra que iria cortar o oleoduto e permitir instalar um funil para recuperar o petróleo à superfície ficou bloqueada na tubagem.
O primeiro corte foi realizado por uma poderosa pinça metálica que estava suspensa por um cabo, de forma a evitar uma grande pressão sobre o oleoduto, referiu o responsável.
“Conseguimos dividir o oleoduto durante a noite”, indicou o comandante, explicando ainda que o segundo corte, realizado por uma lâmina de diamante e que necessitava de ser muito preciso, acabaria por fracassar, uma vez que a lâmina ficou bloqueada na tubagem.
Cientistas calculam que o poço tem estado a libertar uma quantidade de petróleo estimada entre 1,9 milhões e 3,8 milhões de litros por dia.
A estimativa mais conservadora aponta para uma fuga de 68 milhões de litros de crude, quase o quádruplo da quantidade que foi libertada no desastre do Exxon Valdez (42 milhões de litros) no Alasca, em 1989, enquanto a mais pessimista antevê a libertação de 148 milhões de litros.