Açoriano Oriental
Nicolás Maduro quer “julgamento histórico” contra quem apoie as sanções dos EUA

O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu, na sexta-feira, que sejam submetidos a um "julgamento histórico" os opositores do seu regime, que dentro ou fora do país, tenham promovido sanções económicas dos EUA contra o país.

Nicolás Maduro quer “julgamento histórico” contra quem apoie as sanções dos EUA

Autor: Lusa/AO Online

"A Venezuela não se mete com ninguém, para receber estas agressões e ameaças, promovidas por uma direita apátrida. Há que ser bem traidor da pátria para pedir sanções e uma intervenção militar contra o seu próprio país, como a oposição venezuelana faz", disse.

Nicolás Maduro falava no palácio presidencial de Miraflores, numa reunião de trabalho com membros do seu gabinete, durante a qual sublinhou que as sanções contra a principal empresa venezuelana "violam a legalidade internacional, a Carta das Nações Unidas e simplesmente ratificam um caminho imperial de agressão contra a Venezuela".

"Há que iniciar um julgamento, por traição à pátria, a todos os que têm bilhete de identidade venezuelano e pedem que nos bombardeiem. Pedi ao presidente do Supremo Tribunal de Justiça (Mikel Moreno) e à presidente da Assembleia Constituinte (Delcy Rodríguez) que iniciem um julgamento histórico por traição à pátria a todos os que pediram estas sanções económicas que foram anunciadas hoje", disse.

O Presidente da Venezuela acusou Júlio Borges, líder do Primeiro Justiça (partido opositor) e presidente do parlamento venezuelano (onde a oposição detém a maioria), de ser o principal promotor de ataques económicos e financeiros dos EUA contra a Venezuela.

Segundo o Governo venezuelano, Júlio Borges, reuniu-se, em várias ocasiões, com porta-vozes do governo norte-americano.

A Casa Branca impôs na sexta-feira novas sanções financeiras à Venezuela, entre as quais a proibição de comprar novas obrigações emitidas pelo Estado venezuelano ou pela companhia petrolífera nacional.

"Não ficaremos imóveis perante o desmoronamento da Venezuela", disse a Casa Branca num comunicado que anunciava as sanções.


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