Açoriano Oriental
Navio da Marinha inicia missão para aprofundar o conhecimento sobre o mar dos Açores

O NRP D. Carlos I largou esta sexta-feira da Base Naval de Lisboa para uma missão nos Açores que se prolongará até agosto.

Navio da Marinha inicia missão para aprofundar o conhecimento sobre o mar dos Açores

Autor: Susete Rodrigues/AO Online


Esta missão tem por objetivos realizar levantamentos hidrográficos no âmbito do projeto de Mapeamento do Mar Português, reforçar o Dispositivo Naval Permanente na Zona Marítima dos Açores (ZMA), cooperar no âmbito técnico-científico com o Governo Regional e a Universidade dos Açores e colaborar com a Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental (EMEPC) bem como com o Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR) da Universidade do Porto, explica comunicado.


No âmbito do Mapeamento do Mar Português no arquipélago dos Açores, durante a permanência do navio na região estão planeadas duas fases distintas: uma que consiste no levantamento hidrográfico com sonar multifeixe dos montes submarinos (ecossistemas ricos e de particular relevância), a sul da Ilhas das Flores enquadrada na cooperação com a Universidade dos Açores; a outra fase, também consistindo num levantamento hidrográfico com sonar multifeixe, a Sudoeste da Ilha das Flores, numa zona remota para além da ZEE dos Açores, que decorre da colaboração com a Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental.

O navio ainda acompanhará a Brigada Hidrográfica que realizará o levantamento de áreas portuárias tanto na ilha das Flores como na ilha do Corvo para atualização cartográfica no projeto de colaboração com o Governo Regional dos Açores.

A Marinha, em especial através do Instituto Hidrográfico, ciente que o conhecimento detalhado sobre os fundos marinhos garante o desenvolvimento sustentável e a proteção do meio marinho, iniciou um ambicioso projeto em 2017, na sequência de uma opção estratégica da Marinha, de Mapeamento do Mar Português, para que o país possa efetivamente conhecer e tirar partido destes vastos espaços marítimos. Consequentemente, o conhecimento do oceano, em geral, e do leito e do subsolo marinho, em particular, afigura-se como uma tarefa de importância estratégica sem paralelo, e será seguramente um inestimável legado para as futuras gerações.


De sublinhar que a Marinha, em resposta às previsões ou alertas do agravamento nas condições meteorológicas e oceanográficas neste arquipélago já deslocou, por diversas vezes, para a Zona Marítima dos Açores os meios necessários para reforço do dispositivo naval aí existente permitindo, desta forma, o reforço das capacidades de busca e salvamento (SAR), de vigilância e patrulhamento marítimo, de apoio aos órgãos de proteção civil, de colaboração com a Universidade dos Açores na realização de campanhas científicas e de cooperação com outros de departamentos do Estado com competências no mar.

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