Açoriano Oriental
Nacionalistas marcham em Lisboa
 Uma acção de rua organizada pelo Partido Nacional Renovador (PNR) juntou hoje em Lisboa cerca de 80 pessoas que protestaram, em silêncio, contra a prisão de Vasco Leitão, dirigente nacionalista que está em prisão domiciliária desde Abril.

Autor: Lusa/AOonline


    A acção, intitulada "Passeio pela Liberdade", decorreu sem incidentes entre o Saldanha e o Marquês de Portugal.

    "Esta acção é para alertar a opinião pública e para denunciar a situação gravíssima que se vive em Portugal, onde existe perseguição política disfarçada", afirmou aos jornalistas o presidente do PNR, José Pinto-Coelho.

    Para o dirigente, em Portugal a liberdade de expressão é "uma farsa e uma fantasia" e está cada vez mais "condicionada".

    "Este sistema liberta pedófilos, violadores e assassinos mas persegue nacionalistas", criticou o líder nacionalista, salientando que em Portugal "há prisioneiros políticos e o país não sabe".

    José Pinto-Coelho avançou ainda que o PNR será recebido em Novembro pelo procurador-geral da República, em data a anunciar.

    Segundo o dirigente, o encontro com Pinto Monteiro demonstra um "sinal de abertura" e irá servir para "denunciar o que se passa em Portugal e a nossa indignação".

    Sobre o pedido de audiência ao Presidente da República, o líder do partido nacionalista referiu apenas que ainda não teve resposta.

    Empunhando bandeiras pretas, de Portugal e do PNR, os manifestantes entoaram no final da marcha silenciosa o hino nacional.

    "Liberdade de Expressão" e "Libertem Mário Machado, José António e Vasco Leitão: Presos por delito de opinião" eram as inscrições de alguns cartazes empunhados pelos manifestantes, onde também estavam presentes elementos de movimentos nacionalistas espanhóis.

    A acção de rua do PNR foi acompanhada por duas carrinhas da PSP, com uma equipa de cerca de 20 elementos.

    Vasco Leitão foi detido em Abril, acusado dos crimes de discriminação racial e ofensa à integridade física qualificada, numa operação policial que deteve mais de 30 indivíduos de extrema-direita.

    Na semana passada, o PNR voltou a colocar um cartaz no Marquês de Pombal, com o objectivo de denunciar a "ilegalidade da prisão de Vasco Leitão" e as "práticas estalinistas contra os nacionalistas", afirmou então à Lusa o presidente do partido.

   
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