Açoriano Oriental
Museu Francisco Lacerda vai ter novas instalações na Calheta
As obras na antiga fábrica de conservas na Calheta, em S.Jorge, para onde vai ser transferido o Museu Francisco Lacerda, vão custar 3,6 milhões de euros, anunciou hoje o Governo dos Açores, indicando que a empreitada foi adjudicada
Museu Francisco Lacerda vai ter novas instalações na Calheta

Autor: LUSA/AO online

Uma nota do gabinete de imprensa do executivo açoriano adianta que a empreitada de adaptação da antiga fábrica de conservas 'Marie d’Anjou' terá um prazo de execução de 450 dias, acrescentando que com a publicação deste despacho em Jornal Oficial, na próxima semana, ficam concluídos os procedimentos necessários à adjudicação da empreitada, cujo processo se iniciou a 30 de março.

As atuais instalações debatem-se com a exiguidade de espaços e outras condições que condicionam a conservação do acervo existente, a aquisição de novo espólio e a capacidade de captação de diferentes públicos, através do Serviço Educativo e de iniciativas culturais, de acordo com a Secretaria Regional da Educação e Cultura.

O museu vai ser deslocalizado para a antiga fábrica de conservas, situada em frente ao porto da Calheta.

Segundo o executivo açoriano, o empreendimento vai desenvolver-se por três núcleos, relacionados com a ilha, a música e a indústria conserveira, e procurará dar resposta às crescentes necessidades de reformulação e redimensionamento do espaço físico do Museu Francisco Lacerda.

Este projeto será levado a cabo nos terrenos e edifício industrial da antiga fábrica de conservas 'Marie D’Anjou' e vai também associar-se à requalificação imobiliária desta vila jorgense, acrescenta a nota.

Francisco de Lacerda (1869-1934), que dá nome ao museu, foi musicólogo e maestro e possui uma vasta obra, tendo desenvolvido a sua carreira, predominantemente, como chefe de orquestra, em Portugal, onde foi um dos fundadores da Filarmónica de Lisboa, Suíça e França.

Em 2012, o Governo Regional adjudicou o projeto de arquitetura e especialidades para a reabilitação e remodelação da antiga fábrica junto ao porto da Calheta, na ilha de São Jorge, para onde vai transferir o museu.

A Secretaria Regional da Educação e Cultura adquiriu, em 1984, o atual edifício do museu para nele ser instalada a Casa Etnográfica que, em 1991, é inaugurada com a designação de Museu de São Jorge.

Desde 2008, tem como patrono o musicólogo, compositor e maestro natural da ilha de São Jorge.

As coleções que integram o acervo do museu são, sobretudo, de caráter etnográfico e datam dos séculos XIX e XX, abrangendo a cerâmica, os têxteis/tecelagem, a agricultura, a pecuária e o mobiliário, sendo de destacar, igualmente, uma coleção relativa ao maestro Francisco de Lacerda.

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