Açoriano Oriental
Mulher muçulmana bósnia indiciada por crime de guerra
Uma antiga combatente das forças muçulmanas da Bósnia, Elfeta Veseli, foi indiciada por crime de guerra por ter assassinado em 1992 um adolescente sérvio, referiu o procurador da Bósnia-Herzegovina.

Autor: Lusa/Açoriano Oriental

Extraditada recentemente da Suíça, Elfeta Veseli, 57 anos, é uma das raras mulheres - dez no total - suspeitas ou condenadas por crimes de guerra no decurso da violenta desintegração da ex-Jugoslávia na década de 1990, com um balanço de 130.000 mortos (100.000 durante a guerra na Bósnia, entre 1992 e 1995).

A ex-combatente muçulmana bósnia é acusada de ter "morto de forma particularmente cruel" no verão de 1992 Slobodan Stojanovic, um rapaz de 12 anos, em Kamenica, na região de Zvornik (leste), refere o comunicado.

O seu superior, Sabik Halilovic, 58 anos, comandante de uma unidade de sabotagem integrada por Veseli, foi igualmente indicado por permitir a sua atuação.

Natural do Kosovo, Elfeta Veseli visiva na Bósnia no início do conflito. Foi presa em setembro de 2016 no cantão suíço de Neuchâtel.

A antiga presidente dos sérvios da Bósnia, Biljana Plavsic, 86 anos, foi a primeira mulher condenada por crimes de guerra da Bósnia. O Tribunal penal internacional para a ex-Jugoslávia (TPIJ) sentenciou-a em 2003 a uma pena de 11 anos de prisão. Atualmente, vive em Belgrado.

De acordo com os 'media' locais, Elfeta Veseli matou Slobodan Stojanovic quando o rapaz fugia com os pais face ao avanço das forças muçulmanas bósnias. Ao aperceber-se que o seu cão tinha ficado em casa, regressou para o recuperar, e acabou por ser morto.

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